Bens declarados à Justiça Eleitoral passaram de R$ 230 mil, em 2020, para mais de R$ 830 mil, em 2024
Durante seu atual mandato de vereador, o patrimônio de Franklin teve aumento significativo, saltando de cerca de R$ 230 mil, em 2020, para mais de R$ 830 mil em 2024, quando ele fez sua declaração para a candidatura a prefeito.
Na relação apresentada à Justiça Eleitoral, o candidato não tem uma fonte de renda que possa justificar de forma consistente seus gastos e despesas, além da receita obtida com o salário de vereador em Valinhos, que foi de R$ 6.500,00 (brutos) nos quatro anos do atual mandato.
Uma conta rápida permite projetar rendimentos de cerca de R$ 312 mil com os salários nos quatro anos de mandato, o que fica muito aquém dos cerca de R$ 600 mil que foram aumentados no patrimônio do candidato no período.
Veja a relação oficial dos bens declarados pelo candidato, que omite a empresa e o apartamento citados acima:
Terreno – uma cota de terreno – 75% – Valor: R$ 210.000
Veículo automotor – automóvel Honda Civic 2011 – Valor: R$ 52.380
Casa no residencial Vila Santa Rosa – Valor: R$ 570.000
Valor total: R$ 832.380
O que diz a lei?
“É obrigatória a apresentação de declaração de bens, com indicação das fontes de renda, no momento da posse ou, inexistindo esta, na entrada em exercício de cargo, emprego ou função, bem como no final de cada exercício financeiro, no término da gestão ou mandato e nas hipóteses de exoneração, renúncia ou afastamento definitivo, por parte das autoridades e servidores públicos adiante indicados”.
Essa lei tem como objetivo apontar o patrimônio do candidato eleito antes de sua posse para, no final do mandato, comparar esse patrimônio quando ele deixar o cargo. O objetivo é coibir e identificar casos de enriquecimento ilícito ou suspeito no período em que o agente público ocupou o cargo.
Franklin foi procurado por esta reportagem através de sua assessoria. Porém, não houve resposta até o prazo estabelecido.