Durante o mês que passou no arquipélago, Amorim produziu pinturas e séries fotográficas que retratam a vida
Por Gabriel Previtale


O artista plástico Genivaldo Amorim embarcou, em maio deste ano, em uma jornada que passou pelos Estados Unidos e Fiji até chegar ao destino final: Tuvalu, pequeno país da Polinésia, na Oceania, que está desaparecendo por causa do aumento do nível do mar. Com pouco mais de 11 mil habitantes, Tuvalu é o quarto menor país do mundo e o menos visitado do planeta, recebendo cerca de 300 turistas por mês. A previsão dos cientistas é de que o país desapareça ainda neste século, afetado por ciclones, enchentes e pela salinização do solo, que compromete as plantações.


Durante o mês que passou no arquipélago, Amorim produziu pinturas e séries fotográficas que retratam a vida em Tuvalu e os impactos das mudanças climáticas. O material resultou no projeto “Pense em Tuvalu”, contemplado pelo Edital ProAC Exposições Inéditas 2024, do Governo do Estado de São Paulo. A proposta prevê duas grandes exposições, em São Bernardo do Campo e Campinas, entre dezembro de 2024 e abril de 2026, além de atividades paralelas como palestras, projeções, murais e a publicação de um livro.
Apesar de residir há mais de 30 anos em Valinhos, Amorim lamenta que sua cidade não fará parte do circuito.
Genivaldo Amorim é bacharel em Artes Visuais e tem passagens por instituições no Brasil e no exterior, com trabalhos exibidos em países como Alemanha, Canadá, Moçambique e Uruguai. É também cofundador do projeto Ocupe.Arte: Valinhos.