Ginecologista, Dr Daniel Buttignol, orienta sobre o perigo da dengue em gestantes

A dengue é uma preocupação crescente no Brasil, especialmente para gestantes, que correm um risco maior de desenvolver complicações graves da doença. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), os casos graves de dengue aumentam em mais de 400 vezes o risco de morte materna. Além disso, a infecção pode causar parto prematuro, abortamento, descolamento prematuro de placenta, alterações na pressão arterial e desidratação.

“O impacto da dengue na gestação é muito preocupante. A doença pode levar a quadros graves de hemorragia e até ao óbito, tanto da mãe quanto do bebê. Por isso, a prevenção e o acompanhamento médico são fundamentais”, alerta o ginecologista Dr. Daniel Buttignol.

Os sintomas da dengue em gestantes são semelhantes aos apresentados pela população em geral, incluindo febre alta, dores musculares e articulares, dor de cabeça, náuseas, vômitos, fadiga, falta de apetite e manchas vermelhas na pele. No entanto, devido às mudanças fisiológicas da gravidez, a gestante pode ter dificuldades em identificar os sinais de agravamento da doença.

Outro fator preocupante apontado pelo especialista é o risco de transmissão para o bebê. “Se a gestante contrair dengue no primeiro trimestre, há uma maior chance de o bebê nascer com problemas neurológicos. No final da gestação, a transmissão vertical do vírus pode levar a complicações neonatais”, explica Dr. Buttignol.

A melhor forma de evitar esses riscos é a prevenção, que consiste em impedir a picada do mosquito Aedes aegypti. “As gestantes devem usar repelentes adequados, preferir roupas compridas, manter telas de proteção nas janelas e, principalmente, eliminar os criadouros do mosquito”, orienta o ginecologista. A vacina contra a dengue, disponível atualmente, está contraindicada para mulheres grávidas.

Caso a gestante apresente sintomas da doença, é essencial buscar atendimento médico imediatamente. O tratamento consiste em repouso, hidratação e uso de sintomáticos seguros para gestantes, sempre com orientação profissional. Além disso, manter uma alimentação equilibrada, consultas de pré-natal regulares e evitar o consumo de álcool e cigarro são medidas que contribuem para um sistema imunológico fortalecido.

“Diante do aumento de casos de dengue, é fundamental que as gestantes estejam atentas aos sintomas e tomem todas as medidas para evitar a infecção. O acompanhamento médico é indispensável para garantir a segurança da mãe e do bebê”, conclui Dr. Buttignol.

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