O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou, nesta quarta-feira (10), o balanço de 2023 sobre resgates de trabalhadores em condições análogas à escravidão no Brasil. No decorrer do último ano, foram resgatados 3.190 trabalhadores, resultando no pagamento de R$ 12,8 milhões em verbas salariais e rescisórias.
Este número representa o maior volume de resgates em 14 anos, evidenciando a intensidade das fiscalizações. Goiás liderou os resgates com 739 casos, seguido por Minas Gerais, com 651, e São Paulo, com 392. Minas Gerais se destacou com 117 fiscalizações, sendo o estado com mais ações realizadas.
O setor de cultivo de café foi o mais impactado, registrando 302 resgates, superando a cana-de-açúcar, que liderava até meados do ano passado, com 258 casos. A Região Sudeste foi a mais atingida, com 1.153 trabalhadores resgatados, seguida pelo Centro-Oeste, com 820 resgates.
Os números revelam a complexidade do problema, evidenciando a necessidade de ações contínuas para erradicar essa prática. O Sistema Ipê possibilita denúncias remota e sigilosa, fortalecendo a luta contra o trabalho análogo à escravidão.