Um novo golpe, conhecido como golpe do Pix devolvido, tem feito vítimas. Na fraude, os criminosos enviam um valor para a conta da vítima, via Pix, e depois entram em contato avisando que a transferência foi feita por engano.
É na devolução do valor que o golpe acontece. Isso porque o golpista informa outros dados bancários para receber o reembolso da vítima. Após a transferência, o criminoso entra com pedido de devolução no banco por meio de uma ferramenta chamada MED, Mecanismo Especial de Devolução, um mecanismo de reembolso.
A ferramenta do Banco Central, usada de maneira criminosa para solicitação de reembolso, faz a devolução automática do valor, sem depender da autorização do recebedor, no caso, a vítima. Com isso, o golpista fica com o valor devolvido e a transferência feita pela vítima.
Para não cair neste golpe, basta fazer a devolução do Pix utilizando a funcionalidade de devolução que está disponível nos bancos. Isso garante que o valor seja devolvido para o emissor de maneira segura. Com isso, o golpista não tem a chance de alegar que não recebeu o estorno.
A opção de devolução segura de um Pix aparece ao clicar para ver detalhes do valor recebido no saldo bancário. No aplicativo do banco, a funcionalidade é descrita como “fazer um reembolso”, “devolver Pix” ou apenas “devolver”, por exemplo, dependendo da instituição financeira.
Caso a pessoa tenha sido vítima do golpe, a primeira medida a tomar é entrar em contato com o banco para informar sobre o golpe. Assim, a instituição entrará com o pedido de devolução. Caso a devolução não seja feita, o correntista pode procurar o Procon, acionar a Justiça e entrar com uma reclamação no Banco Central.
Além disso, é importante que a vítima também registre um boletim de ocorrência. O Banco Central orienta que o MED não é a ferramenta correta a ser utilizada quando um Pix é enviado por engano. Caso você tenha feito um Pix para a pessoa errada, entre em contato com o seu banco para receber as orientações de maneira segura e correta.