Na terça-feira, dia 25, um apagão em larga escala atingiu o Chile, afetando cerca de 80% dos consumidores de eletricidade do país. O governo declarou estado de emergência e impôs um toque de recolher noturno para conter os impactos da crise.
Milhões de residências e comércios ficaram sem energia devido a uma falha na transmissão de uma grande linha de eletricidade no norte do país. O apagão causou transtornos no trânsito, paralisou o Metrô de Santiago e afetou setores como o financeiro, a mineração e serviços essenciais, incluindo hospitais.


O presidente Gabriel Boric responsabilizou empresas privadas pela falha, classificando o episódio como “inaceitável”. Ele afirmou que o governo investigará as causas do apagão e garantirá que os responsáveis sejam punidos.
A energia começou a ser restabelecida de forma gradual, mas de maneira instável. Até a noite de terça-feira, cerca de 4,15 milhões de lares já tinham recuperado o fornecimento elétrico, o que representa menos da metade dos afetados.
A ministra do Interior, Carolina Tohá, anunciou a suspensão das aulas em todo o país na quarta-feira (26) para garantir a segurança da população. Enquanto isso, especialistas da Coordenadora Elétrica Nacional investigam as causas exatas da pane, que pode ter sido resultado de uma “operação indesejada” no sistema elétrico.
O evento também impactou o setor de transportes aéreos, com atrasos em voos da Latam e da Sky, além da suspensão da terceira noite do Festival de Viña del Mar, um dos mais tradicionais eventos musicais do Chile.