Greve mantém Louvre fechado e expõe crise estrutural no museu mais visitado do mundo

O Museu do Louvre, em Paris, o mais visitado do mundo, permaneceu fechado na manhã desta quarta-feira (17), enquanto seus funcionários discutem a possibilidade de prorrogar a greve iniciada na última segunda-feira (15). A paralisação ocorre em meio a reivindicações por melhores salários, condições de trabalho e reforço no quadro de funcionários.

Na segunda-feira, os trabalhadores votaram pela greve após relatarem sobrecarga de trabalho e falhas na gestão. No site oficial do museu, um aviso informa que, “devido a greves, o museu poderá abrir mais tarde e algumas salas de exposição poderão permanecer fechadas”, com pedido de desculpas aos visitantes.

A mobilização ganhou ainda mais repercussão após uma sequência de episódios que evidenciaram problemas graves de segurança e infraestrutura no Louvre. Em outubro, o museu foi alvo de um roubo de joias de grande repercussão, além de registrar recentemente um vazamento de água que danificou livros antigos, expondo o estado de deterioração de parte do complexo.

Segundo o sindicato CFDT, a decisão pela greve foi tomada em votação com cerca de 400 funcionários, que afirmam estar sobrecarregados e mal administrados. Entre as principais reivindicações estão novas contratações, reajustes salariais e a reorientação dos gastos públicos destinados ao museu.

Visitar o museu tornou-se uma pista de obstáculos”, afirmou Alexis Fritche, secretário-geral do setor de cultura do CFDT. Mesmo com o fechamento, na manhã desta quarta-feira já era possível ver filas de turistas em frente ao prédio, demonstrando o impacto direto da paralisação sobre o público.

A greve ocorre após negociações realizadas na semana passada entre sindicatos e representantes do governo francês, incluindo a ministra da Cultura, Rachida Dati. De acordo com lideranças sindicais, as conversas não foram suficientes para resolver preocupações relacionadas ao financiamento e à falta de pessoal.

Esta não é a primeira paralisação recente no Louvre. Em junho deste ano, funcionários também cruzaram os braços para protestar contra a superlotação do museu, que recebe um número crescente de visitantes sem a ampliação proporcional do quadro de trabalhadores.

Quer saber as últimas notícias de Valinhos, siga o nosso Instagram: https://www.instagram.com/jornalterceiravisao/

Leia anterior

Lançamento inédito de foguete no Brasil é adiado após falha técnica em Alcântara

Leia a seguir

Trem iluminado passa por Valinhos e Vinhedo neste sábado