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HOMEM EM SITUAÇÃO DE RUA MORRE AFOGADO EM CÓRREGO

Desabrigado teria sofrido convulsões antes de cair na água e ser arrastado pela correnteza

Por Bruno Marques

Muita tensão e diversas movimentações marcaram o início da manhã de 26 de setembro, na região central de Valinhos. Um homem de 53 anos, que estava em situação de rua, morreu afogado no córrego Mathias.

De acordo com outras pessoas em situação de rua, ele teria convulsionado e seus companheiros pediram ajuda médica no CEV – Centro de Especialidades de Valinhos. Segundo eles, não houve atendimento.

O homem, identificado como Esmael Lino Braga, convulsionou novamente e teria caído no córrego Mathias, na altura do CACC. Com o clima chuvoso durante a manhã, a correnteza levou seu corpo para a galeria subterrânea sob a Avenida dos Esportes.

Busca pelo corpo

Equipes realizando a procura dentro do córrego próximo à Rodoviária

A ocorrência mobilizou Guarda Municipal, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e equipe de resgate, que precisou entrar no córrego sob garoa. Em cerca de 40 minutos o corpo foi encontrado aproximadamente na altura da rodoviária, já na parte subterrânea.

Resgatistas, guardas, imprensa, assistentes sociais e outros cidadãos em situação de rua e população em geral acompanharam a retirada feita pelos bombeiros. Vários cachorros ficaram o tempo todo junto do corpo que foi retirado envolto a um saco recebeu o reconhecimento emocionado de um colega de Esmael.

Marginalização

A vítima é natural de Munhoz de Melo, pequena cidade do norte do Paraná. Moradores de rua relataram que há muito tempo ele estava desabrigado, ficava nas imediações do CACC e era conhecido de moradores e comerciantes das imediações.

O número de pessoas em situação de rua em Valinhos aumentou consideravelmente nos últimos meses. Apesar de doções esporádicas, e do serviço da Assistência Social do município, o número de desabrigados é bastante nítido à população.

Marginalizados, muitos que estão em situação de rua na cidade acabam “acampando” perto do córrego, pois há roupas, cobertores e restos de material eleitoral usado como abrigo no local.

A Prefeitura, por meio de sua assessoria, confirmou que houve um chamado feito no CEV e acrescentou: “Mesmo não sendo o canal adequado (que é o 192), houve sim contato com a Central de Ambulância que foi ao local. Não houve portanto negligência”.

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