Homenageando Tom Santos

Dia 11 de abril a Câmara Municipal de Valinhos prestou reverência à memória do saudoso jornalista Tom Santos, numa feliz iniciativa do vereador Veiga e que mereceu todo o apoio dos demais vereadores, indistintamente, numa cerimônia singela, mas cheia de calor humano e de sentimentos, ocorrida no plenarinho da nossa Casa de Leis, antecedentemente à sessão legislativa daquela terça-feira.

Com a presença dos vereadores, seus amigos e familiares, suas filhas Teresa Cristina Morse dos Santos e Beatriz Helena Morse dos Santos Sauerweing e, além dos seus netos Karen e seu esposo Sharrar Koch Daniel, Barbara e Raphael e, também de Mikiyo Takahashi, pai do Sharrar, foi inaugurada uma exposição de fotos da autoria de Tom, com o título “Memória fotográfica de eventos comunitários e sociais registrados pelas lentes do saudoso jornalista Tom Santos”, distribuídas em painéis que destacam os registros políticos, sociais e culturais, por ele eternizados na captação dessas imagens.

Esse acervo de fotografias foi cedido por este articulista para essa finalidade e foi organizado, paciente e proficientemente, pela assessora parlamentar Vânia Borin, coadjuvada pelas duas Flávias: a Camargo e a Vilela, o que vem atraindo muita gente para conhecer o trabalho de Tom que, no seu jornal, o “Notícias”, muito informava e dizia por intermédio de suas fotomontagens. Muitas pessoas se reconhecem e evocam os eventos registrados e dos quais participaram.

A par disso, o ilustre vereador Fábio Damasceno, autor da merecida honraria que o povo de Valinhos concedeu ao Tom, ou seja, o título de “cidadão honorário de Valinhos”, assistido pelo presidente da Câmara Rodrigo Toloi e pelo vereador Veiga, entregou essa láurea às filhas do Tom, como reconhecimento pelos relevantes serviços que ele prestou à comunidade valinhense e da região, na área da cultura e do sadio e ético jornalismo. Título esse que, infelizmente, não pôde ser entregue pessoalmente, mas que restou entregue “post mortem” à sua digna família.

O evento foi encerrado com as palavras do vereador Damasceno, do vereador Veiga e do presidente vereador Toloi, todos enaltecendo a memória, o talento e a história de Tom Santos, sendo fechado com chave de ouro com o agradecimento, comovido, de suas filhas Teresa Cristina e Beatriz Helena, as quais foram unânimes em afirmar que Tom amava Valinhos e aqui se sentia em casa. No que suas filhas estão certas, porque Valinhos também é do Tom; porque as pessoas pertencem a quem cativam; porque Tom cativou Valinhos e da sua gente se tornou cativo.

Este colunista, por obra da generosidade da organizadora do evento, ou talvez pelo fato da notória amizade e senso de lealdade que nos unia, foi convidado para atuar como mestre de cerimônia, o que muito me gratificou e sensibilizou por lembrar e reverenciar a memória do professor, do dramaturgo, do produtor e diretor teatral, do ator, do jornalista competente, honesto, tratando das coisas da gente valinhense com seriedade e carinho, sempre “dando cabeçadas”, mas mantendo intocável sua independência, desvinculado de grupos, preocupado em informar o leitor de Valinhos, com o seu jornal “Notícias”, que ele próprio editava e distribuía pela região, com ética e cidadania.

A propósito, tal significativa tarefa, que assumi com indisfarçável orgulho, possibilitou referir-me ao querido e saudoso Tom, espírita de quatro costados, que a celebração que ali comungávamos, transcendia uma cerimônia habitual, pois há um aparente esquecimento da terra comum no homem que vive para cultuar e aprimorar os valores sempre defendidos por Tom Santos em sua sadia atividade jornalística, lembrando com Bernard Shaw que “não importa como morre o homem, o que importa é como vive” e, que eu, sem falsa modéstia, ousei acrescentar: “… e como é reconhecido!”

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