
De forma abrangente, em todo o Brasil, mais de 1.3 milhão de pessoas foram incluídas nessa estatística
No final de julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os aguardados dados do Censo 2022, trazendo à tona informações inéditas sobre a população quilombola espalhada pelo Brasil. Segundo o levantamento, pouco mais de 30% das cidades do país contam com a presença dessas comunidades, e um caso que chama atenção é o de Valinhos, onde foram autodeclaradas cinco pessoas quilombolas.
Os quilombolas têm uma origem marcada pela resistência à opressão, e são considerados como aqueles que descendem dos antepassados e familiares que buscaram liberdade nos quilombos, locais onde as pessoas escravizadas se refugiavam entre os séculos XVI e XIX. Essa importante pesquisa censitária do IBGE trouxe à luz pela primeira vez a realidade dessas comunidades, que historicamente têm sido negligenciadas.
De forma abrangente, em todo o Brasil, mais de 1.3 milhão de pessoas foram incluídas nessa estatística. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), destaca-se a cidade de Itatiba, que abriga o maior número de quilombolas, pouco mais de 180 pessoas, enquanto menos da metade dos municípios da região registrou essa autodeclaração.
O Censo 2022 do IBGE, com sua importância histórica e social, lança luz sobre uma parcela da população que durante muito tempo permaneceu à sombra, proporcionando um importante passo rumo ao reconhecimento e valorização da cultura e da história quilombola em todo o país.