Astrud faleceu em sua residência na Filadélfia, na segunda-feira (5). Seu corpo será cremado nos Estados Unidos
A cantora e compositora Astrud Gilberto, renomada representante da Bossa Nova, falece aos 83 anos. A nativa da Bahia emprestou sua voz a canções que alcançaram renome global, contribuindo para que a musicalidade do Brasil se tornasse reconhecida no exterior. A notícia foi confirmada pela nora da cantora.
Astrud faleceu em sua residência na Filadélfia, na segunda-feira (5). Seu corpo será cremado nos Estados Unidos. Ela deixa para trás dois filhos e duas netas. Sofia Gilberto, sua neta, compartilhou uma mensagem nas redes sociais.
Astrud Evangelina Weinert nasceu em Salvador no ano de 1940 e, ainda criança, mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro, onde cresceu. Ela sempre nutriu interesse pela música. Em 1959, casou-se com João Gilberto, adotando seu sobrenome.
No Rio de Janeiro, ela participou de apresentações ao lado do marido e de artistas como Nara Leão, Johnny Alf e Elza Soares, entre outros. Uma dessas apresentações foi intitulada “A noite do amor do sorriso da flor”, realizada no anfiteatro da Faculdade de Arquitetura da UFRJ em 1960. Essa cidade influenciou a musicalidade e o trabalho de Astrud. Em 1963, já residindo em Nova York, ela participou do álbum “Getz/Gilberto” de João Gilberto e do saxofonista Stan Getz, com arranjos de Tom Jobim.
O álbum foi um sucesso estrondoso e recebeu os prêmios Grammy de Álbum do Ano e Gravação do Ano, pela canção “Garota de Ipanema”, em 1965. Astrud foi indicada como artista revelação, mas perdeu para The Beatles, e também concorreu a Melhor Performance Feminina, porém perdeu para Barbra Streisand.
Astrud e João Gilberto se separaram pouco depois do álbum que a consagrou internacionalmente, mas a artista seguiu sua carreira, realizando apresentações no Brasil e no exterior. Ela realizou diversas turnês ao redor do mundo, disseminando a musicalidade brasileira para o planeta. Com o tempo, o trabalho de Astrud tornou-se cada vez mais autoral.