Na última sexta-feira (14), a Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, visitou o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) em Campinas para inspecionar as obras do Orion, um laboratório de biossegurança máxima (NB4) de R$ 1 bilhão. Segundo a ministra, o Orion proporcionará maior autonomia tecnológica ao Brasil na luta contra futuras pandemias.
A ministra destacou que a nova estrutura permitirá o enfrentamento de futuras pandemias através de estudos de patógenos capazes de causar doenças graves. O Orion será único no mundo ao conectar um NB4 a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius.
O complexo representa um avanço significativo para o Brasil, sendo a primeira instalação desse tipo na América Latina, capaz de realizar pesquisas com patógenos das classes 3 e 4, que possuem alto grau de transmissibilidade e gravidade. A existência de um laboratório de biossegurança máxima permitirá ao país monitorar, isolar e pesquisar agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.
O diferencial do Orion está na sua conexão exclusiva com três linhas de luz do Sirius, uma característica inédita globalmente. Essa ligação é a razão do nome do projeto, Orion, inspirado na constelação com três estrelas alinhadas que apontam para a estrela que dá nome ao acelerador de partículas brasileiro.
O projeto inclui a capacitação de cientistas brasileiros para lidar com agentes infecciosos, uma formação que já integra o custo previsto de R$ 1 bilhão. O complexo laboratorial ocupará cerca de 20 mil metros quadrados e sua construção deverá ser concluída até 2026. Após essa fase, o Orion passará por comissionamento técnico e científico, além de certificações internacionais de segurança, antes de iniciar suas operações regulares.