Lula diz que teve “química” com Donald Trump em encontro na ONU e confirma tratativas para reunião

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (24) que ficou surpreso e satisfeito com o encontro que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo Lula, “aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível e aconteceu” e houve uma “química boa” entre os dois líderes.

Trump já havia elogiado Lula em seu discurso na ONU na terça-feira (23), dizendo que teve uma “química excelente” com o brasileiro e que ambos devem se reunir na próxima semana, provavelmente por videoconferência, para tratar de temas sensíveis da relação bilateral.

O presidente norte-americano afirmou que pretende discutir com Lula as retaliações aplicadas pelos EUA contra o Brasil após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em julho, Washington anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros.

Lula disse que pretende usar o encontro para desfazer mal-entendidos e levar “informações verdadeiras” sobre o Brasil. Ele também destacou a importância do diálogo:
“Estendi a mão para ele, cumprimentei, disse que temos muito a conversar. Não tem limite e não tem veto de assunto. Acho que ele está mal-informado sobre o Brasil. Na hora que a gente tiver um encontro acho que isso estará resolvido”, declarou.

O presidente brasileiro reforçou que Brasil e EUA, como as duas maiores economias e democracias do continente, não podem viver em conflito. Ele ainda afirmou que ambos são “dois homens de 80 anos” e acredita que Trump irá tratá-lo com respeito.

Além da pauta comercial, Lula disse que deseja abordar temas como economia digital e inteligência artificial.

Na mesma coletiva, Lula também comentou sobre a PEC da Blindagem, rejeitada no Senado após ser aprovada na Câmara. Ele classificou a proposta como “desnecessária e provocativa” e disse que a iniciativa foi uma “vergonha nacional”.

O presidente também confirmou ter se reunido nesta quarta (24) com o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, em paralelo aos compromissos da ONU.

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