A capoeira é uma arte marcial que mistura dança, luta e cultura, e em Valinhos ela ganha vida nas aulas ministradas por Anjulumar Araujo Silva, conhecido como Mestre Marcos.
Mestre Marcos iniciou na capoeira ainda jovem, em sua terra natal. “Morava na Bahia e não tinha muito o que fazer. Comecei a praticar lá por hobby”, conta. Ao chegar em Valinhos, em 1993, deu continuidade ao aprendizado com o Mestre Jair e com o Mestre Paranhos, que o acompanhou até sua graduação como Contra-Mestre, em 1998. Em 2016, foi reconhecido como Mestre de Capoeira pelo Mestre Gildo, da Bahia.
Há 25 anos, Mestre Marcos oferece aulas no Colégio André Franco Montouro, no Bom Retiro, todos os sábados. Também no campo do Bom Retiro, dentro dos vestiários, às segundas e quartas-feiras, às 19h30. “Quem quiser participar, pode me procurar pelo WhatsApp: (19) 98881-3650”, convida.
As aulas de Mestre Marcos são adaptadas para todas idades e níveis de experiência. “Temos dias específicos para adultos e outros em que todos treinam juntos”, explica.
Apesar do esforço, Mestre Marcos acredita que a capoeira ainda não recebe o reconhecimento merecido. “O impacto da capoeira em Valinhos ainda é muito pequeno, porque não somos valorizados pelo que fazemos pela sociedade. Hoje temos na cidade 10 grupos de capoeira, e todos desenvolvem trabalhos sociais, muitas vezes com nossos próprios recursos”, desabafa.
Para mudar essa realidade, Mestre Marcos está à frente de uma união de grupos de capoeira da cidade, que tem como objetivo maior valorização. “No dia 23 de fevereiro, estaremos realizando um aulão com todos, para chamar a atenção das autoridades”, anuncia.
Em reconhecimento à sua dedicação, Mestre Marcos recebeu o título de Cidadão Honorário. No entanto, ele destaca que ainda há muito a ser feito. “Precisamos de muitas outras coisas para continuar desenvolvendo nosso trabalho”, afirma.
Para quem deseja dar os primeiros passos na capoeira, Mestre Marcos deixa um conselho: “Procure uma pessoa capacitada. Nosso trabalho vai muito além da capoeira; ele ajuda a lidar com crianças que têm transtornos e promove a inclusão e o desenvolvimento social.”
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