O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o setor agrícola, motivado pelo potencial de ganhos, buscará retornar ao mercado de carbono. Ele comentou a retirada do setor do projeto que regulamenta o mercado de créditos de carbono, aprovado na noite desta quinta-feira (21) pela Câmara dos Deputados e que terá de voltar ao Senado.
Haddad participou de um café da manhã de fim de ano com jornalistas e destacou que, no curto prazo, a decisão será revista pelo próprio setor, pois a inclusão no mercado de créditos de carbono trará vantagens para a agricultura.
O ministro ressaltou que a regulamentação do mercado de carbono, integrando o plano de transição ecológica, impulsionará as exportações brasileiras e será essencial para o sucesso econômico do país. Ele enfatizou que a atenção à preservação dos biomas é crucial para evitar barreiras comerciais contra produtos brasileiros.
Haddad também abordou a regulamentação das apostas esportivas, recentemente aprovada e aguardando a sanção presidencial. Ele destacou a importância da medida para elevar a arrecadação, prevenir fraudes e manipulações de resultados, bem como mitigar impactos negativos na saúde e vida das pessoas. Mesmo com cortes no Senado, o governo projeta arrecadar mais do que o previsto, conforme as previsões do mercado.
Além disso, o ministro comentou sobre o corte de cerca de R$ 6,3 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Orçamento do próximo ano, indicando a possibilidade de recomposição de verbas durante a execução, dependendo do aumento na arrecadação ou da diminuição nas estimativas de gastos obrigatórios.