

Uma mulher de Indiana, nos Estados Unidos, afirma ter sido vítima de racismo após ter sua internação negada durante o trabalho de parto. Mercedes Wells, que deu à luz seu quarto filho em 16 de novembro, procurou atendimento no Hospital Franciscan Health Crown Point, mas foi orientada a ir embora mesmo com contrações ocorrendo a cada minuto. Minutos depois, acabou dando à luz dentro do carro, no meio de uma rodovia.
Segundo relatos, a mãe de Mercedes, Sana Strickland, chegou a dizer em vídeo: “Minha filha está sendo expulsa deste hospital, e ela está em trabalho de parto ativo”. Mercedes afirma que a enfermeira não acreditou que ela estava prestes a dar à luz. “Ela realmente não me ouviu. Foi um pesadelo. Algo que eu jamais imaginei.”
Após deixar o hospital, Mercedes seguiu com o marido em busca de outra unidade de atendimento, mas a bebê, Alena, nasceu antes mesmo de chegarem ao destino. Ambas foram atendidas posteriormente no Munster Community Hospital e passam bem.
O caso reacende o debate sobre o impacto do racismo estrutural na saúde materna nos Estados Unidos. Dados recentes mostram que, em 2022 e 2023, a cada 100 mil nascidos vivos, uma média de 50 mulheres negras morreram durante o parto, contra 17 mulheres brancas. Mulheres negras têm, portanto, três vezes mais risco de morte materna.
“Estou feliz que ela esteja aqui, mas estou com raiva. Estou frustrado. Sabe… por quê? Estamos em 2025”, afirmou Leon Wells, marido de Mercedes.
O hospital que negou atendimento informou que a enfermeira e o médico envolvidos foram demitidos. A instituição anunciou ainda que passará a exigir treinamento obrigatório de “competência cultural” para toda a equipe de obstetrícia.
Emocionada, Mercedes lamenta o ocorrido. “Eu não podia imaginar isso acontecendo, mas aconteceu comigo. Aconteceu conosco.”
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