Na privatização de lucros e socialização de prejuízos, seja feita a vontade de quem?

Talvez você não lembre, mas quem te criou e te educou pode lembrar, que uma das primeiras coisas que familiares, professores e amigos te ensinaram – ou deveriam ter ensinado – foi a perder.
Escrevo te ensinaram porque antes todas as pessoas tivessem aprendido esta importante lição. Lição de grande importância porque por mais bem-sucedida, grande, rica e soberba seja a vitoriosa campanha de vida de um ser, uma hora ele vai perder. Admitindo ou não.
Então, antes que os números, as urnas (eletrônicas sim!) ou a encapuzada da foice te faça engolir a efêmera presunção de uma vitória eterna, saber perder é, além de bonito, sinal de maturidade.
E se essa lição não é aprendida, sobretudo por representantes de cargos públicos, acontece algo canalha e pérfido muito bem sintetizado pelo notório economista Celso Furtado, falecido há exatos 20 anos:
“A privatização dos lucros e socialização dos prejuízos”
Ou seja, quando a administração empoderada sobre o povo lucra com o que é público, a bonança vai para seus respectivos bolsos, Renegades isofilmadas, ações em bitcoins ou botox para disfarçar a cara de pau.
Agora, quando vem o prejuízo, por incompetência e/ou má fé dos administradores, aí eles sim eles dividem mazelas, rombos e enchentes de desvios para nós.
Aqui, em Valinhos, o servidor municipal que trabalhou o ano todo pode não ter, este ano, a mesma cesta de Natal – tradicional na cidade – que recebeu em anos anteriores. E por que?
Dinossauros da política local que já não têm mais nada a acrescentar, mas ainda continuam sugando os valinhenses mesmo agindo nos bastidores cobrando apoios milionários. Eles seguem ganhando e pouco se lixam com o resultado das urnas porque continuam sustentados pelo povo.
E, por fim, é nesse “espírito natalino”, de mês de dezembro que tem tantos presentes, festas, viagens, que o valinhense, mais uma vez, segue pagando a conta de quem veio, comeu e (ainda não) foi embora deixando o débito no nosso lombo. Pela vontade de quem?

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