Moradores e comerciantes do Castelo voltam a pedir providências para segurança do bairro
Na última quarta-feira, dia 22, três moradoras do bairro Castelo vieram à redação do Jornal Terceira Visão para fazer uma denúncia. Uma delas tem 85 anos e, junto com as outras, incluindo outra idosa, subiu três andares de escada para, mais uma vez, pedir ao jornal o que nem a Prefeitura, nem a polícia faz.
Elas afirmaram que a vizinhança onde vivem, especificamente na Rua General Osório e arredores. Desesperadas voltaram a relatar diversos crimes cometidos por alguém identificado apenas como Rogério (que reside ou residia na última casa da rua, esquina com Rua Gervásio José Marchiori) e outros, segundo eles, usuários de drogas.
“Está ainda pior”
O caso já foi tratado pelo JTV menos outras duas vezes no ano passado. De acordo com moradores, que se queixaram de importunação, assaltos, furtos, coerções, ameaças, agressões, bagunça, atos obscenos, atentados ao pudor, consumo de álcool e drogas, entre outros delitos.
“Está do mesmo jeito, até pior, ressaltaram. Já assaltaram a mercearia cinco vezes, a bicicletaria, o sushi bar e as padarias são alvo o tempo todo. Estão vendendo casas por valor mais baixo e quem tenta alugar, não está conseguindo”, descreveram aflitas as moradoras.
Já foram registrados vários boletins de ocorrência de diferentes naturezas, entre eles, de roubo, furto e agressão. “Ele colocou galho em frente de uma residência para a proprietária não conseguir entrar na própria casa e ele abordá-la. Vai cerceando a gente. Taca fogo na rua, fica pelado desafiando a gente pra fazer alguma coisa”, desabafaram.
As reclamantes também disseram que os problemas são causados por um bando: “É ele e mais seis que andam com ele. Ficam também na viela da Rua Francisco Glicério, ao lado do Ministério do Trabalho. Não se pode nem passear com cachorro na rua. Não é justo termos que sair do bairro por causa deles”.
Praça e comércio também afetados
As idosas que se queixaram da situação disseram que nem fazer seus exercícios em paz na praça elas conseguem mais. “Virou ponto de consumo e venda de drogas, é uma bagunça, uma sujeira. Queremos usar o local público para fazer exercícios e todo dia temos que limpar antes. Tiramos duas sacolas de lixo por dia. Cheias de pinos de cocaína”.
O comércio local vive com medo e insegurança: “Eles afastam clientes, os ameaçam dentro dos estabelecimentos”.
“Não queremos o mal dele. Queremos que a família cuide e o interne. Acabou com o bairro. É problemático, agressivo, usa drogas, suja a rua, calçada e carros com as próprias fezes, joga pedra, comete delitos. Isso não pode continuar assim”, concluíram.
Omissão de autoridades?
Segundo as denunciantes, o acusado estava dormindo em uma igreja, sendo acolhido por um padre. De autoridade religiosa, a questão também para autoridades policiais: “A polícia não está indo. Se passam, olham para o outro lado, não para os problemas. Inclusive, um deles me disse que não ia dar em nada”, contou uma das idosas, indignada.
Questionada, a Prefeitura respondeu, através de sua assessoria de imprensa, que a Guarda Civil Municipal (GCM) teve várias solicitações à referida residência e foram averiguadas algumas pessoas em situação de rua que estavam no local. A corporação garantiu que mantém ronda constante pelo local.