Atualmente, Célia lida com o Alzheimer, mas esse fato só fortaleceu a doce e forte conexão entre ela e o neto
Por Gabriel Previtale
Hoje, trazemos uma emocionante história que celebra o Dia dos Avós (26 de julho), repleta de memórias afetivas e lições de vida transmitidas de geração em geração. Conheçam a trajetória de João Gabriel Eleoterio, 21, e sua avó, Célia Regina Fussi, 68, que deixaram marcas profundas na infância e na vida um do outro.
Desde cedo, João Gabriel encontrou na figura da avó, dona Célia, um porto seguro e uma fonte inesgotável de carinho e diversão. Com os pais ocupados no trabalho, era ao lado dela que o garoto passava seus dias. Célia trabalhava em uma tapeçaria, e mesmo em um ambiente pouco atrativo para uma criança, ela se mostrava extremamente criativa, inventando cenários e brincadeiras que mantinham o neto entretido. “Eu sempre fui muito ligado à minha avó na minha infância”, conta João. “Ela tornava tudo mágico e especial, até mesmo o local onde trabalhava. Lembro-me de castelos de espuma e cabanas de tecido que ela criava para mim, e eu me sentia o rei daqueles mundos imaginários.”
Nos fins de semana, a casa da avó se tornava o reino preferido do jovem João. Ali, ele e seu irmão mais velho se transformavam nos “netinhos da Dona Célia”, e a diversão era garantida. “Eu adorava ficar na casa dela e assistir aos clássicos da Disney juntos”, lembra João, sorrindo com o coração. “Esses momentos ficaram marcados na minha memória e no meu coração.”
Além da diversão, João aprendeu muito ao lado de sua avó. Ela o ensinou a fazer compras no mercado, pegar ônibus, andar na rua com segurança e a importância de não confiar em estranhos. Célia era uma verdadeira professora da vida para o neto, transmitindo valores fundamentais que o acompanharam ao longo dos anos.
Contudo, o tempo traz consigo mudanças, e atualmente, Célia lida com o Alzheimer, uma doença que impõe suas limitações. Mesmo diante dessa realidade, João vê a oportunidade de se conectar ainda mais com sua avó. Cada lembrança compartilhada é valorizada como um tesouro e renova a conexão entre os dois. Afinal, como podem as memórias ser algo tão valioso e, ao mesmo tempo, de graça? “Apesar das dificuldades que enfrentamos com o Alzheimer, cada momento em que ela se lembra de nossas memórias é ainda mais especial”, diz João.
A relação com sua avó moldou o adulto que João se tornou hoje. Ele atribui a ela uma parte significativa de seu caráter, moral e valores. Uma frase que ela costumava dizer, “O certo é certo, mesmo que ninguém o faça. O errado é errado, mesmo que todos se enganem sobre ele”, permanece gravada em sua mente e guia suas decisões até os dias atuais.
“Para a minha avó, eu expresso meu profundo agradecimento por tudo o que ela fez por mim. Cada memória, cada cuidado, cada ensinamento. Sou quem sou hoje graças ao amor e à sabedoria dela. E para todas as avós, eu desejo muitos momentos de carinho e felicidade ao lado dos seus netos. Vocês têm um papel fundamental em nossas vidas e são verdadeiras fontes de inspiração. Feliz Dia dos Avós!”