Dia 19 de setembro é celebrado o Dia do Teatro
Luanna Dias
Durante o período da pandemia de Covid-19, a arte assumiu um papel diferente na sociedade, tornando-se a única forma de entretenimento disponível durante o isolamento. Esse ocorrido evidenciou sua importância e deixou claro que o entretenimento não é algo dispensável, mas sim uma necessidade. Nesse contexto, desempenhou um papel crucial, proporcionando conforto e conexão em momentos de desafio.
A arte, embora ainda tenha um longo caminho a percorrer, passou a ser vista com outros olhos e apreciada por um maior público. Abrangendo uma vasta gama de possibilidades, cativa a todos, cada um à sua maneira, seja pela música, pinturas, televisão ou rádio, oferecendo um espaço para cada pessoa dentro desse mundo artístico. Para Agnes Dias, essa admiração surgiu através dos palcos.
Em 19 de setembro, celebra-se o Dia do Teatro, uma arte que Agnes, aos 22 anos, sempre apreciou desde sua infância. “É engraçado lembrar que, quando era pequena, eu sempre dizia que seria atriz, mas naquela época minhas referências eram do cinema. Minha família tinha uma locadora local, então eu vivia assistindo e reassistindo filmes”, revelou.
Embora o contato com o teatro tenha ocorrido mais tarde do que o esperado devido à falta de acesso, a paixão de Agnes foi instantânea no primeiro encontro. “Não era comum ir ao teatro, o que infelizmente é uma realidade para a maioria das famílias. À medida que fui crescendo, meu interesse pela atuação aumentou, mas minha primeira oportunidade surgiu quando eu tinha 13 anos”.
Muitas memórias da infância (e da vida adulta) são moldadas pelo teatro, às vezes de forma indireta. Ele traz inspiração, reflexão e alegria. Desempenhando esse importante papel, deve ser incentivado para que dure por muitos anos, criando mais lembranças e oportunidades para aqueles que escolhem viver da arte, como Agnes. “Um dia ouvi dizer que, apesar de não precisarmos do teatro para sobreviver, ele nos faz viver muito melhor. É por meio dele que descobrimos a profundidade da vida. Na verdade, não sei o que seríamos sem a arte, sem cultura”.
Ao contrário do que muitos acreditam, viver das artes requer tanto esforço quanto qualquer outra profissão. Isso envolve a preparação para um novo personagem e a interação com o público. Agnes, por exemplo, aborda cada personagem como um processo criativo em constante desenvolvimento, que evolui com o tempo e a experiência. Em relação ao nervosismo, a atriz enfatiza que ele nunca desaparece, mas sim é algo que se aprende a lidar, tornando-se uma adrenalina positiva, embora assustadora.
Agnes está apenas no começo de sua trajetória, e segundo ela, já está sendo uma jornada fascinante. “Fiz um intercâmbio nos EUA para estudar atuação para teatro e câmera e ingressei na graduação de artes cênicas na UNICAMP”. No entanto, suas ambições não param por aí. “Para o futuro a longo prazo, espero continuar aprendendo cada vez mais, tendo oportunidades de trabalho e desenvolvendo projetos que me inspirem, tanto no teatro quanto na TV”, revelou.
Para aqueles que aspiram a seguir o mesmo caminho que Agnes, seu conselho é persistir, não importa os obstáculos. “Desafiem-se a continuar, a sempre presumir que há algo que você ainda não sabe e vá atrás para descobrir, estudar, experimentar. Nunca estamos totalmente preparados, e essa é a beleza, não é necessário estar pronto, é preciso se empenhar para descobrir algo novo. Todos podem fazer teatro, cada caminho é único, e nunca é tarde para se desafiar”, finalizou a artista.