O terreno onde está localizado foi doado à Universidade de São Paulo pela Prefeitura Municipal de Valinhos, com escritura outorgada pelo Prefeito Luiz Bissoto
Segundo o Prof. Ramachrisna Teixeira, o Observatório Abrahão de Moraes, fundado em 1972 completou 50 anos de sua fundação no dia 19 de abril. Com sede em Valinhos e acesso por Vinhedo, o Observatório nasceu de um grande esforço iniciado nos anos 60 liderado pelo Prof. Abrahão de Moraes que contou com a colaboração de vários pesquisadores da França, Rússia e Brasil.
A instalação no Morro dos Macacos – 730m de altitude, foi definida por fatores geológicos, topográficos e proteção vegetal. O terreno onde se encontra foi doado à Universidade de São Paulo pela Prefeitura Municipal de Valinhos, com escritura outorgada pelo então Prefeito Luiz Bissoto em 3 de Junho de 1971. Em seu início, o Observatório contava com dois instrumentos astrométricos: o Telescópio Círculo Meridiano Askania Zeiss e o Astrolábio Impessoal de Danjon. Pouco depois, recebeu um telescópio Boller & Chivens de 60 cm. No início dos anos 80 foi instalada uma estação sismográfica como parte da Rede Sismográfica do Brasil.
Desde o início dos anos 90 devido à poluição luminosa as atividades científicas foram reduzidas com transferências e desativações de instrumentos. Da origem, restou o círculo meridiano cujas observações foram automatizadas em 1995 em colaboração com o Observatório de Bordeaux e produziu dados científicos até 2013. Por outro lado, nos anos dois mil o Observatório foi dotado de vários telescópios: Celestron de 28cm de abertura que é operado remotamente por escolas interessadas no âmbito do projeto “Telescópios na Escola”; MEADE de 41cm de abertura usado para observações de satélites e restos de satélites artificiais em colaboração com o Observatório de Xangai; dois telescópios MEADE idênticos de 31cm de abertura usados para observações noturnas com o público no evento “Noite com as Estrelas”.
Com todas as transformações o Observatório tornou-se uma importante referência na difusão do conhecimento científico é um patrimônio cultural da região, uma das mais ricas e desenvolvidas do país. Sem dúvida, o evento “Noite com as Estrelas”, iniciado em 2008, é o mais popular aqui desenvolvido atraindo milhares de visitantes por ano que se deliciam com as observações do céu e com verdadeiras e descontraídas aulas de Astronomia ao ar livre. Em sua área de 450 mil metros quadrados de mata, em sua maior parte, nativa abriga e protege várias espécies de plantas e de animais silvestres, algumas delas estudadas em trabalhos acadêmicos diversos.
