Operações no Brasil e na Argentina derrubam 558 serviços de streaming pirata desde 27 de novembro

Duas ações coordenadas no Brasil e na Argentina retiraram do ar 558 serviços de streaming pirata desde a última quinta-feira (27), reforçando o cerco a plataformas ilegais que cresceram na América Latina nos últimos anos. As operações são desdobramentos de investigações que já derrubaram milhares de sites e aplicativos desde 2019.

A ofensiva mais recente ocorreu na Argentina, no domingo (30), quando autoridades desativaram 22 aplicativos, incluindo BTV e Red Play. Essa foi a segunda fase de uma investigação iniciada em novembro, que já havia removido outras 14 plataformas como My Family Cinema e TV Express.

No Brasil, a 8ª fase da Operação 404, conduzida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, bloqueou 535 sites e 1 aplicativo de streaming. Desde 2019, a operação atua no combate a serviços que violam direitos autorais e já ultrapassa 3 mil bloqueios. A etapa mais recente envolveu 44 mandados de busca e apreensão, 4 ordens de prisão preventiva e cooperação de 15 Polícias Civis, além da Anatel, Ancine e autoridades internacionais.

Segundo a Alianza, associação que coordena empresas de combate à pirataria audiovisual, os aplicativos desativados somavam 6,2 milhões de assinantes, sendo 4,6 milhões no Brasil. Muitos desses serviços eram acessados por meio de TV boxes — aparelhos que só podem ser usados legalmente se homologados pela Anatel. Equipamentos não certificados podem permitir pirataria, interferir em outros dispositivos e expor usuários a ataques cibernéticos.

O Procon-SP reforça que consumidores que adquirem serviços ilegais “abdicam de seus direitos”, já que as empresas que operam plataformas irregulares não podem ser notificadas formalmente pelos órgãos de defesa do consumidor.

O esquema na Argentina

A investigação argentina, iniciada em 2024, revelou que os operadores da rede pirata usavam escritórios que funcionavam como empresas formais, com cerca de 100 funcionários e até setor de RH. Cada usuário pagava até US$ 5 por mês, o que gerava um faturamento anual estimado em mais de US$ 150 milhões.
A parte técnica dos serviços estava hospedada na China, o que dificultou o bloqueio definitivo.

Lista de aplicativos derrubados na Argentina

ALA TV, Bex TV, Blue TV, Boto TV, Break TV, BTV App, BTV Live, Cinefly, Duna TV, Eppi Cinema, Football Zone, Hot, Humo Cinema, Jovi TV, Lumo TV, Mega TV, MIX, My Family Cinema, Nava TV, Nossa TV, ONPix, PLUSTV, Pulse TV, Red Box, Red Play Live, Ritmo TV, Samba TV, Super TV Premium, TV Express, Vela Cinema, Venga TV, Vexel Cinema, Waka TV, WEIV, WeivTV – Nova, Yoom Cinema.

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