No fim do ano passado, assim como nos derradeiros dias de outros anos, fizemos mais uma vez o que John Lennon e Simone, na versão nacional, cantaram. Refletimos e pensamos no que fizemos.
Sim, ponderamos, entre erros e acertos, nossas boas e más ações e prospectamos buscar melhorar.
E nessas reflexões, indo mais além, pensamos em tudo que já fizemos, no que realizamos, lugares que fomos, experiências que tivemos, comidas que provamos, bebidas, sabores, prazeres e desprazeres.
Por sua vez, nesta primeira edição de 2025, a premissa é: o que queremos fazer para que, de fato, seja um tão falado ano novo?
Dessa forma, é um bom exercício mental para este momento se perguntar: quantos lugares ainda não conheço? Quantas pessoas ainda não conheci? Quantos filmes, músicas, séries, peças, artes ainda não vi?
Quantas comidas ainda não saboreou? Quantas bebidas ainda não degustou? Quantos culturas não teve contato? Quantas experiências ainda não se permitiu viver?
E, para tudo isso, como escreveu o poeta Guimarães Rosa, “o correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.
“Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz. Coragem, coragem, eu sei que você pode mais”, cantou Raul Seixas em Por Quem os Sinos Dobram.
É este desafio e prospecção que, no meio das lutas, sofrimentos e tristezas, desejamos a todos, e que se tenha um ano novo de fato.