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Por Trás da Música – “Partilhar” demonstra determinação e complexidade existentes no amor

Canção é interpretada pelo cantor Rubel e pelo Duo ANAVITÓRIA

Por Rafaela Duarte

Quando o amor toma conta, tudo parece alcançável, mesmo que pareça distante da realidade. No universo musical e artístico, o amor muitas vezes é descrito de maneira amplificada, através de uma figura de linguagem conhecida como hipérbole.

A canção “Partilhar” é um grande exemplo desse recurso musical que já em seu início mostra a vontade do eu-lírico de não desistir de sua paixão, mesmo que esse sentimento seja complicado: “Tão para inventar um mar grande o bastante, que me assuste e que eu desista de você”

A canção interpretada por Rubel e pelo duo ANAVITÓRIA tem sido aclamada desde seu lançamento em 2019, simbolizando a resiliência daqueles que estão apaixonados em busca de manter vínculos amorosos duradouros.

Essa mensagem é claramente capturada em linhas como “Eu só tenho 80 anos pela frente. Por favor, me dá uma chance de viver”, que expressa o desejo profundo de aproveitar cada momento com a pessoa amada.

A canção expressa a complexidade dos sentimentos humanos e a busca por conexão em um mundo frequentemente confuso e desanimador. O eu-lírico, consciente de suas falhas e do peso por vezes insuficiente de suas palavras, ainda assim encontra esperança no relacionamento.

No trecho “E eu sei, mulher, não se vive só de peixe, nem se volta no passado”, há um reconhecimento de que não se pode viver apenas de momentos superficiais ou apegar-se ao que já aconteceu. A vida tem mais a oferecer e também exige mais de nós.

Música é repleta de hipérboles e simboliza resiliência nos relacionamentos

Ao admitir que “as minhas palavras valem pouco e as juras não te dizem nada”, o cantor confessa a fragilidade de suas promessas e a possível insegurança sobre se elas realmente impactam a outra pessoa.

No entanto, surge um lampejo de otimismo e esperança quando declara: “se existe alguém que pode resgatar sua fé no mundo, existe nós”. Isso sugere que, apesar de tudo, o amor entre eles pode ser a força redentora que ambos precisam para encontrar significado e propósito.

O sentimento de estar à deriva é evidente em “Também perdi o meu rumo, até o meu canto ficou mudo”, mas imediatamente contraposto pela resiliência em “Mas não importa, a gente inventa a nossa vida”. Aqui, o eu-lírico propõe que, juntos, podem reinventar suas vidas e encontrar felicidade no processo.

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