Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em suas dependências
O Ministério Público (MP) iniciou nesta manhã quarta-feira (17) uma operação para apurar crimes de corrupção na Câmara Municipal de Campinas. Policias do Baep (Batalhão de Ações Especiais da Policia Militar) cumpriram mandados de buscas e apreensão envolvendo o presidente da Câmara de Campinas, vereador Zé Carlos (PSB).
Segundo o Ministério Público (MP) a ação investiga crimes de corrupção passiva em um esquema de pagamento de propina envolvendo o presidente da Câmara.
A viatura da Polícia Militar chegou por volta de 7h na Câmara Municipal, o presidente da casa, José Carlos Silva, é o alvo da operação do Ministério Público para apurar esse esquema de corrupção. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em suas dependências. O advogado do vereador também está sendo investigado.
Em Campinas as buscas foram realizadas na residência de Zé Carlos, no seu escritório de advocacia, na Câmara Municipal e no Teatro Bento Quirino. Em Jundiaí os agentes foram na casa do advogado. Houve a apreensão de diversos documentos, computadores, pen drives e aparelhos de celular.
Segundo informações preliminares, os investigados são suspeitos de ter envolvimento em esquema de cobrança de propina para manter ou prorrogar contratos de prestação de serviços terceirizados na sede do Legislativo. Informou a nota do MP.
A investigação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apurou um esquema de corrupção envolvendo o atual presidente da Câmara Municipal de Campinas e um advogado comissionado.
A operação contou com o apoio do Comando de Policiamento do Interior dois e do primeiro Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar. Participaram da ação cinco promotores de justiça, sete servidores do MPSP e 43 policiais militares.
De acordo com o MP, a investigação prossegue para identificar outros eventuais casos de corrupção, bem como lavagem e ocultação de bens.
Operação Lambuja
A operação recebeu o nome de Lambuja em alusão à cobrança ilegal feita pelos investigados para que empresários lhes oferecessem vantagens pessoais, condição exigida para que os contratos firmados com a Câmara Municipal fossem mantidos ou prorrogados.
Câmara Municipal de Campinas
A Câmara afirmou em nota oficial que suspendeu a agenda desta quarta-feira e que a ação aconteceu antes da abertura do Legislativo.
“A Câmara Municipal foi informada nesta manhã, antes da abertura do Legislativo, sobre a presença de integrantes do BAEP para realização de uma ação nas dependências da Casa e do Teatro Bento Quirino. A CMC ainda não tem informações sobre a razão das diligências, mas está colaborando com os trabalhos e se pronunciará assim que tiver mais dados a respeito. A princípio, em virtude da ação, a agenda da Casa está suspensa nesta manhã”, informa o texto.
Fonte: Correio