

O aumento da visibilidade de casos de suicídio em uma cidade pode causar impacto bastante negativo na saúde mental coletiva. Segundo a Dra. Karina B. S. Barbi, psiquiatra e coordenadora do Interdisciplinar de Prevenção ao Suicídio da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), o sofrimento gerado pelo suicídio afeta não apenas familiares, mas também amigos, conhecidos e colegas de trabalho.
Entre os sinais comuns de sofrimento psíquico estão mudanças de comportamento, isolamento, episódios de choro, falas negativas sobre si ou sobre a vida e perda de energia para atividades diárias. Quando amigos e familiares percebem esses sinais, é essencial conversar diretamente e ajudar a buscar um profissional de saúde mental. “Caso haja risco alto para suicídio, como um planejamento para uma tentativa de suicídio, a família deve ser alertada para que não deixe a pessoa sozinha e procure imediatamente ajuda profissional.”
A psiquiatra destaca que os profissionais da rede pública têm papel fundamental: “É importantíssimo que os profissionais que atuam na saúde básica primária tenham conhecimento dos sinais e sintomas que indicam um risco para suicídio, a fim de agir da forma mais precoce possível para tratar o quadro emocional do paciente”.
Por fim, Dra. Karina deixa um recado direto: “Não perca tempo! Se você, um amigo, familiar ou conhecido próximo está em sofrimento mental, procure ajuda. Quanto mais cedo for a intervenção, evitamos o agravamento do quadro emocional e minimizamos a chance de um fim trágico”.