Em meio à rotina da cozinha aquecida logo ao amanhecer e caixas isotérmicas carregadas com alimento fresco, uma missão silenciosa acontece todos os dias úteis em Jundiaí: combater a desnutrição e garantir dignidade a quem mais precisa. Essa é a proposta do Programa de Suplementação Alimentar, desenvolvido pela FUMAS (Fundação Municipal de Ação Social), que oferece refeições balanceadas a públicos em situação de vulnerabilidade social.
Ajuda
Crianças, adolescentes, gestantes, nutrizes, idosos e convalescentes estão entre os beneficiados. Com sete pontos de distribuição espalhados pelas regiões de submoradia do município – como Jardim Fepasa, São Camilo, Parque Centenário, Jardim Sorocabana e Jardim Novo Horizonte –, o programa distribui, em média, 214 refeições por dia, totalizando 5.928 refeições somente no mês de abril de 2025.
Horários
Todos os dias, por volta das 9h30 ou 10h, as refeições chegam quentinhas aos centros comunitários. Preparadas por uma equipe de 12 profissionais, a alimentação é composta por sopa nutritiva com ingredientes frescos e naturais, além de fruta ou doce como sobremesa. A logística é feita com veículos próprios da Fundação e caixas térmicas especiais (hotbox), que mantêm a temperatura e qualidade ideais.
Segundo Silvia Helena, técnica em nutrição há 21 anos na FUMAS, cada porção entregue representa um gesto de transformação:
“É um privilégio, profissionalmente e pessoalmente. Ver o impacto que uma refeição pode ter na vida de uma criança ou de um idoso é algo que não tem medida.”
O programa também conta com apoio das próprias comunidades. Moradoras locais são capacitadas para colaborar com a organização e distribuição dos alimentos de forma segura e de acordo com as normas sanitárias. Raquel César, técnica responsável pela produção, destaca a qualidade dos ingredientes:
“A sopa é feita no dia, com carnes como patinho ou frango, e hortifrutis adquiridos de produtores locais. Assim, também fortalecemos a economia da cidade.”
O horário da entrega, feito pela manhã, respeita os hábitos alimentares das famílias e reforça o caráter suplementar da refeição, sem substituir o almoço tradicional.
Para Jeferson Coimbra, superintendente da FUMAS, o programa é uma expressão do papel social da Fundação:
“Estamos falando de um trabalho que não só leva alimento, mas garante saúde, acolhimento e dignidade. É uma política pública que transforma realidades todos os dias.”
Enquanto o alimento aquece o corpo, a ação aquece também a esperança de um futuro com mais empatia, compromisso e inclusão social.