Psicóloga Rita Oliveira alerta sobre os desafios do transtorno bipolar e a importância da conscientização

Dia Mundial do Transtorno Bipolar é comemorado neste domingo, dia 30

Legenda: “Muita gente ainda pensa que é ‘frescura’ ou ‘falta de Deus’. Isso atrasa o diagnóstico e o início do tratamento”, enfatiza a profissional

O transtorno bipolar é uma condição mental crônica marcada por oscilações entre episódios de depressão e euforia (mania ou hipomania). Essas mudanças bruscas podem afetar também a vida dos familiares e amigos. A psicóloga Rita Oliveira destaca que o transtorno ainda é cercado de preconceitos e desinformação, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento adequado.

“As pessoas acham que quem tem transtorno bipolar é instável porque quer, mas não é uma escolha. São variações químicas no cérebro que afetam o humor, a energia e o comportamento”, explica Rita.

O impacto do transtorno na vida de quem está ao redor pode ser intenso. Segundo a psicóloga, a instabilidade emocional gera tensão no convívio familiar, a comunicação se torna difícil e, muitas vezes, os parentes e amigos se sentem sobrecarregados por tentarem ajudar no controle da rotina e das crises. Além disso, há riscos financeiros, pois durante os episódios de euforia, é comum que a pessoa tenha gastos impulsivos.

No Dia Mundial do Transtorno Bipolar, comemorado neste domingo, dia 30, Rita reforça a importância da conscientização. “Muita gente ainda pensa que é ‘frescura’ ou ‘falta de Deus’. Isso atrasa o diagnóstico e o início do tratamento”, alerta.

Ela destaca que os sintomas podem incluir impulsividade, insônia, dificuldade de concentração, sentimento de grandiosidade, tristeza profunda e até pensamentos suicidas. O diagnóstico deve ser feito por um psiquiatra e acompanhado por um psicólogo para garantir um suporte adequado.

Um dos desafios enfrentados por quem tem transtorno bipolar é aceitar o diagnóstico. “Muitas vezes, a pessoa acha que os outros estão exagerando e que ela não precisa de ajuda. Mas o transtorno bipolar não desaparece sozinho. Sem tratamento, os episódios se tornam mais intensos e frequentes”, ressalta Rita.

Nos últimos anos, os avanços científicos trouxeram novas medicações e até aplicativos que auxiliam na organização diária do paciente. Mas, para Rita, o principal recado para quem já tem o diagnóstico é claro: “Siga o tratamento à risca! É isso que vai garantir mais qualidade de vida e estabilidade emocional”.

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