O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta segunda-feira (26) que não há mais focos ativos de incêndio no estado de São Paulo. Até o final da noite de domingo (25), seis pontos ainda estavam em chamas.
Três pessoas foram presas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira, acusadas de provocar incêndios criminosos. Segundo o governador, esses indivíduos foram flagrados com gasolina e estariam intencionalmente ateando fogo.
Apesar das prisões, o governo acredita que, até o momento, não há indícios de uma ação coordenada. A Polícia Civil e a Polícia Federal estão investigando os casos.
No domingo (25), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que os incêndios registrados no interior de São Paulo são atípicos e exigem uma investigação aprofundada. A Polícia Federal já abriu dois inquéritos para apurar as causas das queimadas.
As Forças Armadas, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, continuam mobilizadas para realizar ações preventivas em 48 municípios que permanecem em estado de alerta. O governador Tarcísio atribuiu a propagação dos incêndios a três fatores principais: estiagem, altas temperaturas e ventos fortes.
As queimadas já causaram prejuízos superiores a R$ 1 bilhão ao estado, segundo estimativas do governo. Desde o início da onda de incêndios, na sexta-feira (23), 48 cidades do interior estão em alerta máximo. Duas pessoas morreram e mais de 800 foram obrigadas a deixar suas casas. Mais de 20 mil hectares foram queimados, com 2.316 focos de incêndio registrados em apenas três dias, segundo a Defesa Civil.
Este mês de agosto entrou para a história como o mais crítico em termos de incêndios no estado de São Paulo desde 1998. Entre quinta-feira (22) e sexta-feira (23), São Paulo registrou um número de focos de fogo quase sete vezes maior do que o registrado em todo o mês de agosto do ano passado, colocando o estado no topo da lista de incêndios no país. A fumaça dos incêndios já alcançou 10 estados, incluindo São Paulo e Rio Grande do Sul.