Maioria das vítimas não havia se vacinado; Saúde reforça importância da imunização contra influenza nos 69 centros de saúde


A Prefeitura de Campinas confirmou, nesta quarta-feira (2), mais nove mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao vírus influenza, responsável pela gripe. Com isso, o total de óbitos registrados na metrópole em 2025 subiu para 23, enquanto o número de casos confirmados da doença chegou a 241.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, todas as vítimas tinham entre 51 e 97 anos e apresentavam comorbidades. Dessas, oito não estavam vacinadas contra a gripe. Os dados acendem o alerta para a baixa cobertura vacinal na cidade e reforçam a importância da prevenção.
Perfil das vítimas
Confira a lista divulgada pela prefeitura com a idade, sexo e data do óbito:
- Masculino, 82 anos — óbito em 31/05
- Masculino, 59 anos — óbito em 01/06
- Masculino, 53 anos — óbito em 04/06
- Masculino, 80 anos — óbito em 11/06
- Masculino, 93 anos — óbito em 17/06
- Feminino, 82 anos — óbito em 18/06
- Feminino, 70 anos — óbito em 11/06
- Feminino, 51 anos — óbito em 05/06
- Feminino, 97 anos — óbito em 19/06
Baixa procura pela vacina
Apesar da gravidade dos casos, a campanha de vacinação contra a gripe enfrenta baixa adesão em Campinas, com índices muito abaixo da meta de 90% nos grupos prioritários. Veja os números:
- Idosos: 115.444 doses aplicadas (53,14% da população-alvo de 217.232 pessoas)
- Crianças: 26.617 doses (37,15% da meta de 71.633)
- Gestantes: 2.971 doses (32,31% da meta de 9.194)
Vacinação continua nos postos de saúde
A vacina contra a gripe está disponível para todas as pessoas a partir dos seis meses de idade nos 69 centros de saúde da cidade, sem necessidade de agendamento. Basta levar documento com foto e a carteira de vacinação (se disponível).
Em 2025, o imunizante protege contra as variantes A (H1N1 e H3N2) e B do vírus influenza. A aplicação pode ser feita junto a outras vacinas do Calendário Nacional.
Para crianças vacinadas pela primeira vez, é necessário tomar duas doses com intervalo de 30 dias. Segundo a Secretaria de Saúde, a vacina é segura, evita sintomas graves, reduz internações e pode salvar vidas.