Câmara de Campinas aprova reajuste de 6% para servidores com críticas da oposição

Reajuste salarial entra em vigor com efeito retroativo a maio; emenda que previa 35% foi rejeitada pela maioria dos vereadores

A Câmara Municipal de Campinas aprovou nesta quinta-feira (26), durante sessões extraordinárias, o reajuste de 6% nos salários dos servidores públicos municipais. A proposta, enviada pelo Executivo, também contempla um aumento de 12,8% no valor do auxílio-refeição, que passa de R$ 1,7 mil para R$ 2 mil. A medida será aplicada retroativamente a partir de 1º de maio de 2025.

A decisão foi tomada após quatro sessões extraordinárias seguidas, às vésperas do recesso parlamentar, com 24 votos favoráveis e seis contrários. A proposta foi aprovada sem a emenda da vereadora Guida Calixto (PT), que propunha um reajuste de 35%, levando em conta perdas acumuladas.

“O servidor público está sofrendo um processo de desmonte. Foi feita uma campanha salarial que foi uma verdadeira fraude”, criticou Guida durante a sessão.

Além da parlamentar petista, as vereadoras Mariana Conti (PSOL) e Paolla Miguel (PT) também manifestaram oposição à proposta, destacando que o horário diurno da votação dificultou a participação dos servidores.

Auxílios e beneficiários

Com o reajuste aprovado, o auxílio nutricional para servidores aposentados e pensionistas que recebem menos de três salários mínimos passa a ser de R$ 350, um aumento de 16,6%. O benefício não se estende ao prefeito, vice-prefeito, secretários, vereadores e servidores da Câmara Municipal.

A nova legislação autoriza também que autarquias e fundações públicas apliquem os reajustes aos seus respectivos servidores.

O vereador Higor Diego (Republicanos) reconheceu os argumentos da oposição, mas afirmou que o papel do Legislativo foi cumprido. “Estamos debatendo, propondo melhorias e votando. Esses itens cabem ao Legislativo, mas a responsabilidade principal do reajuste é do Executivo”, pontuou.

Além do reajuste, também foram votados e aprovados projetos referentes ao plano de cargos da Rede Mário Gatti, doações de materiais inservíveis e alterações na Lei de Uso do Solo.

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