Região de Campinas registra maior letalidade por leptospirose desde 2007, com sete mortes confirmadas em 2023, totalizando uma taxa de 20,59%. Abrangendo 42 cidades, os dados do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Campinas revelam 621 casos notificados até novembro de 2023, dos quais 34 foram confirmados. A diretora do GVE, Márcia Pacóla, atribui a elevada letalidade a condições climáticas atípicas, ressaltando a exposição a enchentes e condições hídricas adversas.
Nos anos anteriores, a secretaria estadual de Saúde apresenta os seguintes números:
2022
– Casos notificados: 424
– Confirmados: 40
– Óbitos: 4
2021
– Casos notificados: 294
– Confirmados: 22
– Óbitos: 1
O diagnóstico da leptospirose ocorre por meio do contato com a urina de animais infectados, principalmente ratos, além do contato com água de enchentes, solo ou alimentos contaminados. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça e dor no corpo, evoluindo para complicações graves em 10% dos casos, como insuficiência renal e sangramentos. O desafio reside no diagnóstico precoce devido à semelhança de sintomas com outras doenças comuns, como a dengue.