Campinas registra 13 dos 18 casos de febre amarela em SP em 2025, com cinco mortes; autoridades reforçam a importância da vacinação
A região de Campinas lidera os casos de febre amarela no estado de São Paulo, conforme dados divulgados em 25 de fevereiro pela Secretaria de Estado da Saúde. Dos 18 casos confirmados em humanos, 13 têm a região como provável local de infecção. Em 2025, foram registradas cinco mortes nas cidades de Campinas, Valinhos, Amparo, Socorro e Tuiuti.
As cidades com casos confirmados incluem Amparo, Socorro, Tuiuti, Joanópolis, Valinhos, Campinas, Pedra Bela e Piracaia. Em Campinas, um homem de 39 anos, residente na zona rural do distrito de Sousas, faleceu em 3 de fevereiro após ser internado em Jaguariúna. Outro caso na cidade envolveu um homem de 55 anos, que apresentou sintomas em 27 de janeiro, foi internado em 30 de janeiro e recebeu alta em 4 de fevereiro.
Este paciente não possuía registro de vacinação contra a doença.
A vacinação é a principal medida preventiva contra a febre amarela. A vacina está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do estado. Em 2025, São Paulo recebeu 600 mil doses para vacinação de rotina e mais 1,3 milhão para intensificação da campanha. Em janeiro, o governo estadual solicitou ao Ministério da Saúde o envio de 6 milhões de doses adicionais para ampliar a cobertura vacinal nos 645 municípios.
Em Campinas, a vacina está disponível nos 68 centros de saúde, sem necessidade de agendamento. Devem se vacinar crianças a partir de 6 meses, idosos acima de 60 anos (após avaliação médica), gestantes e lactantes (com suspensão da amamentação por 10 dias após a vacina) e pessoas que frequentam áreas de mata ou zona rural. Em 2024, a cobertura vacinal em Campinas atingiu 83,6%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre súbita, calafrios, dores intensas de cabeça, nas costas e no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Além dos casos em humanos, foram confirmadas 36 infecções em primatas não humanos no estado este ano, sendo 11 na região de Campinas. Macacos não transmitem a doença; eles são indicadores da circulação do vírus. Ao encontrar macacos mortos, é fundamental informar as autoridades sanitárias municipais, como a vigilância epidemiológica ou o controle de zoonoses.