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Repórter celebra o dia da profissão com desafios PCD

Mesmo amputado, Lucas Matheus se desenvolve com repórter e ator, cobrindo eventos e fazendo releases

Por Bruno Marques

Lucas Matheus Albino Barbosa tem 28 anos e possui duas formações. É ator e jornalista. Ele escreve sobre o universo musical, principalmente rock e metal.
Morador de Campinas, ele teve uma perna amputada há um ano. Engajado na causa PCD, o repórter busca usar seus conhecimentos para despertar consciência social e musical.
Na sequência, Lucas conta um pouco sobre as suas experiências como repórter.

Conversar e conhecer histórias

“Minha primeira profissão foi ser ator. Isso me fez ser uma pessoa bem observadora e comunicativa. Sempre gostei de conversar com pessoas e conhecer histórias. Então, em 2019, ingressei na faculdade de jornalismo e me encantei pela profissão.
Os trabalhos mais inesquecíveis que realizei foi cobrir o maior festival de metal do Brasil, na época, Summer Breeze. Também cobri o show incrível da Tarja Turunen, e o Rock in Rio, que foi uma experiência cheia de desafios, pois sou PCD, e não gostei do jeito que nos trataram”.

Ser PCD (pessoa com deficiência)

“Fui operar um ligamento no joelho. Houve um erro grotesco por parte do hospital e acabei com uma perna amputada. Sinto como se fosse um luto palpável. As dores físicas eram muito fortes.
Agora que já faz um ano da amputação, consigo aceitar melhor. Porém, as pessoas olham com pena. Nitidamente, algumas tem nojo.
A fisioterapia me faz evoluir cada vez mais. Os médicos disseram que eu renasci. Tive tudo para morrer. Fiquei dias entubado com infeções, mas briguei até o fim”.

Objetivos e campanha

Meus objetivos são: Focar mais em mim, não tentar abraçar o mundo igual fiz no ano passado. Foi algo que me levou a ser internado numa clínica psiquiátrica.
Quanto à campanha, espero arrecadar uma quantia que me dê segurança para comprar o extrato de Canabidiol, pois o meu quadro não se enquadra nos parâmetros. Este remédio é extremamente importante para a minha dor.
Ser PCD é muito caro. Qualquer coisa que vou ajustar na prótese é um absurdo. Meu salário, infelizmente, não fecha as contas. A ajuda coletiva é importante demais, pois às vezes as pessoas não dão a mínima”.

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