Projeto do cantor oferece refeições gratuitas para pessoas em situação de rua em biblioteca pública, mas iniciativa foi alvo de críticas do prefeito de Toms River


O cantor Jon Bon Jovi voltou a chamar atenção fora dos palcos por sua atuação social. Em fevereiro deste ano, ele e sua esposa, Dorothea, abriram uma unidade temporária do restaurante comunitário JBJ Soul Kitchen dentro da biblioteca pública de Toms River, em Nova Jersey. A proposta é simples e humanitária: oferecer refeições gratuitas para pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade social. Para quem pode pagar, o valor sugerido é de US$ 12, com incentivo a doações adicionais para sustentar o projeto.
Apesar da forte adesão ao projeto e dos elogios que ele vem recebendo — inclusive do brasileiro Padre Júlio Lancellotti —, a ação despertou a fúria do prefeito local, Daniel Rodrick. Em entrevista à Fox News, o gestor acusou a iniciativa de “agravar a crise de pessoas em situação de rua” e chegou a declarar que o restaurante representa uma ameaça à segurança pública. Segundo ele, a instalação do restaurante na biblioteca seria um atrativo para moradores de rua de outras regiões, o que poderia transformar a cidade em um “ponto zero da população sem-teto de Nova Jersey”.
Sem apresentar soluções para a fome e a falta de moradia, Rodrick defendeu o fechamento imediato do restaurante e ironizou o projeto: “Se vão transformar isso num abrigo, é melhor já dar um cheque e um cartão-presente pra cada um. Eu definitivamente quero que feche.”
A JBJ Soul Kitchen já serviu mais de duas mil refeições, sendo 41% delas financiadas por doações voluntárias. A unidade de Toms River se junta às outras três já existentes em Newark, Red Bank e Jersey City, reforçando o compromisso do cantor com ações de impacto social. A repercussão da polêmica reacende o debate sobre o papel do poder público no enfrentamento da fome e da desigualdade.