A Sexta-Feira Santa é um dia fundamental para os cristãos, marcado pela crucificação e morte de Jesus Cristo. Este dia integra a Semana Santa, que rememora os últimos passos de Jesus na Terra. A Semana começa no Domingo de Ramos, segue na Quinta-Feira Santa com a Última Ceia, e culmina na Sexta-Feira Santa, com a crucificação, antes do Domingo de Páscoa, que celebra a ressurreição.
A origem dessa celebração remonta ao século IV, quando os cristãos em Jerusalém decidiram separar os eventos da Paixão de Cristo, até então celebrados em um único dia. Desde então, a Semana Santa passou a ser dividida em datas específicas, variando de acordo com o calendário litúrgico.
A Sexta-Feira Santa carrega um forte simbolismo de luto, reflexão e abstinência, sendo um dia de silêncio e jejum, um momento propício para a oração e o recolhimento. Teólogos e padres destacam que a Sexta-Feira Santa é um convite à espiritualidade.
Uma das práticas tradicionais dessa data é a abstinência de carne vermelha, comum entre os católicos, especialmente na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. Apesar de muitas pessoas pensarem que o peixe simboliza o corpo de Cristo, a escolha pela carne branca, ao invés da carne vermelha, tem origem no contexto econômico da época. O peixe era mais acessível, e a renúncia à carne vermelha simbolizava caridade e partilha.
Embora a Igreja recomende simplicidade, jejum e silêncio, a escolha de consumir carne nesse dia não é considerada pecado, mas sim uma desconexão do propósito espiritual de reflexão. A abstinência de carne, acompanhada de oração e solidariedade, torna o dia ainda mais significativo.
Portanto, a Sexta-Feira Santa não é apenas uma data sem carne, mas sim um chamado profundo à espiritualidade, à memória e à vivência da fé de maneira mais consciente.