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Situação caótica do bairro Alpinas marca primeira sessão do ano

Sete vereadores falaram sobre o estado deplorável das vias da região e moradores protestaram com cartazes

Por Bruno Marques

O segundo biênio da atual Legislatura começou, com o retorno das sessões ordinárias, na noite da última terça-feira, dia 7. Agora a Câmara de Valinhos tem novamente Rodrigo Toloi (União) na presidência, Thiago Samasso (PSD) como 1º vice-presidente e Mayr como 2º vice-presidente.

O restante da Mesa Diretora ficou composto por Simone Bellini (Republicanos) como 1ª secretária. César Rocha (União) é o 2º secretário, Alexandre Japa (PRTB) é o 3º secretário e Marcelo Yoshida (PT) ficou como 4º secretário.

Atoleiro sem fim

Edinho Garcia (PTB) definiu a situação do bairro Alpinas como calamidade: “É uma vergonha o que está acontecendo lá. Se algum morador precisasse de uma ambulância, morreria no caminho. Espero que a Prefeitura asfalte o bairro”. O vereador também bateu na requisição de tendas instaladas na praça Washington Luís: “Foram solicitadas de uma forma e colocadas de outra”.

Henrique Conti (PTB) transmitiu vídeos que registraram como o bairro ficou em dias de chuva intensa no fim do ano passado e nesta semana. Ele afirmou que moradores do Alpinas viveram momentos de terror devido à situação das estradas locais: “A rua virou um rio. Ficou completamente intransitável. Moradores não conseguiam sair do bairro e eu avisei que isso iria acontecer. Pedi providências que não foram feitas. Até motoristas de ônibus disseram que receberam ordens para não subir para o bairro”.

Alexandre Japa (PRTB) pediu atenção do Executivo para os graves problemas de acesso do Alpinas. O vereador também afirmou que o material escolar deve chegar até o fim do mês. As aulas da rede municipal começaram na última segunda-feira.

Alécio Cau (PDT) ressaltou que os problemas nas vias do Alpinas não afetam apenas os moradores do bairro, e sim toda a cidade. “Toda a terra que desce vai assoreando a Fonte Sônia e o CLT”, destacou.

Pegue o pombo!

Os vereadores Edinho Garcia (PTB) e Monica Morandi (MDB) questionaram enfaticamente a medida da Prefeitura utilizar um sistema “espanta pombos”. Edinho declarou que R$ 2.700.000 para “combater pombos” é muito dinheiro gasto para essa finalidade.

Por sua vez, a parlamentar ativista da causa animal também se indignou: “Esta é a prioridade?”. E se revoltou pela quantia despendida. Ela destacou que o sistema utilizado teria atingido saruês e saguis. Sobre o Alpinas, indagou: “Até quando?”

Também da causa animal, César Rocha (União) respondeu a ofício da OAB frisando que, “se o Executivo cumprisse todas as leis de direitos e bem-estar animal existentes na cidade, Valinhos seria um exemplo para o Brasil”.

Para quem tem comércio em casa

Em seu discurso, Mayr (PODE) falou sobre seu projeto de IPTU residencial para comerciantes que têm o seu negócio no mesmo local onde reside. Com isso, o imposto sobre o valor venal do imóvel reduziria de 0,9 para 0,5.

O vereador também voltou a se queixar de árvores da Avenida Dom Nery. Segundo ele, muitas delas são imensas, têm raízes que quebram as vias, folhagens e galhos que entopem calhas e causam problemas em geral, além da iminência de queda nessa época de fortes chuvas.

Quem também cobrou ações de poda e retirada de árvores foi Tunico (União). O vereador também solicitou troca de placas de denominação de ruas, e manutenção em bairros que não tem ruas pavimentadas, como o Alpinas, o qual definiu a situação como um “estado caótico”.

Simone Bellini (Republicanos) falou sobre suas visitas a residências, comerciantes e empresários e experiências andando de ônibus. Ela pediu a colocação de painéis eletrônicos com horários das linhas e demais informações.

André Amaral (PSD) discursou sobre o Programa Saúde da Família e solicitou atualização do número de pessoas com deficiência na cidade.

Cobrou errado ou não?

Em sua primeira sessão após o mandato como presidente da Casa de Leis, Franklin Duarte (PSDB) foi o último a discursar. Ele lamentou a situação do Alpinas e cobrou: “A Prefeitura tem agora R$ 312 milhões em caixa. Mas falta planejar, priorizar e fazer as ações necessárias”.

Mas o alvo principal do ex-presidente foi a cobrança do ISSQN feita pela Prefeitura: “Está errada a forma como vem sendo cobrada e já havia alertado sobre isso há muito tempo. Não foi corrigido. Agora há uma ação coletiva contra o Executivo sobre cobrança irregular de quase R$ 36 milhões a 14 mil munícipes”.

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