Subvariante XBB.1.16, identificada primeiro na Índia, já circula em 40 países; especialistas reforçam importância da vacinação e dos cuidados preventivos


A nova variante da Covid-19, conhecida como Arcturus ou XBB.1.16, já foi identificada no Brasil após circular por cerca de 40 países desde que surgiu na Índia, em janeiro de 2025. O primeiro caso brasileiro foi confirmado pela Prefeitura de São Paulo em 1º de maio, segundo autoridades de saúde.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Arcturus é considerada uma variante de interesse (VOI), e não de preocupação, como foram as antigas Alfa, Delta e Ômicron. Os sintomas mais comuns são febre, tosse, dor de garganta e coriza, mas a subvariante chama atenção por uma nova manifestação clínica: a conjuntivite viral, que vem sendo relatada com frequência em pacientes infectados.
A infectologista Dra. Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês, explica que a Arcturus é derivada da linhagem Ômicron XBB e possui mutações que aumentam sua transmissibilidade. “Ela tem um perfil genético semelhante à XBB.1.5, com mutações adicionais na proteína Spike, o que pode facilitar a infecção das células humanas”, afirmou.
Apesar da rápida disseminação, não há indícios de que a nova variante provoque casos mais graves da doença. Pessoas não vacinadas ou sem doses de reforço, porém, seguem mais vulneráveis. “A imunização continua sendo essencial para reduzir hospitalizações e mortes”, reforça a médica.
Ainda não existem estudos específicos sobre a eficácia das vacinas contra a Arcturus, mas especialistas acreditam que a imunidade híbrida — adquirida por meio da vacinação e de infecções anteriores — deve garantir proteção contra formas severas da Covid-19.
Na Índia, a Arcturus foi associada a surtos de conjuntivite viral. Os principais sintomas incluem ardência, coceira, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, vermelhidão e inchaço nas pálpebras. Médicos orientam evitar coçar os olhos, lavar as mãos com frequência e não compartilhar toalhas, travesseiros ou maquiagens. Compressas frias com água filtrada ou soro fisiológico ajudam a aliviar o desconforto.
Por ora, a comunidade científica mantém o alerta e recomenda atenção redobrada à vacinação atualizada e às medidas de higiene, especialmente durante os períodos de maior circulação viral.
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