

O supertufão Ragasa provocou a morte de ao menos 15 pessoas em Taiwan após a ruptura de uma barragem que inundou casas na cidade de Hualien, no leste da ilha. Segundo autoridades locais, há ainda 18 feridos e 17 desaparecidos, depois que mais de cem pessoas inicialmente dadas como desaparecidas foram localizadas com vida.
Com ventos que chegaram a 206 km/h, Ragasa avança pela costa sul da China e mantém Hong Kong em alerta. O fenômeno causou também duas mortes no norte das Filipinas e já obrigou milhares de pessoas a se refugiar em abrigos. Escolas foram fechadas, voos suspensos e atividades econômicas interrompidas em diversas cidades, incluindo Shenzhen, polo tecnológico chinês.
Em Hong Kong, o tufão atingiu o território entre a noite e a manhã desta quarta-feira, provocando uma elevação do nível do mar superior a três metros em algumas áreas. Vídeos mostram ondas gigantes de quase cinco metros quebrando portas de vidro de hotéis à beira-mar e invadindo recepções. Ao menos 810 pessoas foram acolhidas em abrigos.
O serviço meteorológico de Hong Kong reduziu o nível de alerta na tarde de quarta-feira, após a tempestade começar a se afastar em direção à costa oeste da província chinesa de Guangdong. Ainda assim, a cidade segue paralisada, com transporte suspenso e moradores confinados.
Com a aproximação da tempestade, supermercados no sul da China foram esvaziados, e moradores relatam apreensão diante do risco de falta de água e energia. Cientistas reforçam que o agravamento das mudanças climáticas tem intensificado a frequência e a força de eventos meteorológicos extremos como o Ragasa.