Dia 19 de setembro é uma data dedicada a homenagear os profissionais que desempenham um papel notável na sociedade
Luanna Dias
No dia 19 de setembro, comemora-se o Dia Nacional do Educador Social, uma data dedicada a homenagear os profissionais que desempenham um papel notável na sociedade. Esses educadores são responsáveis por apoiar jovens que vivem em abrigos, ajudando em diversos aspectos de seu desenvolvimento, que vão desde a higiene pessoal até o auxílio nas atividades escolares, esportivas e recreativas, de maneira envolvente e lúdica.
Tadeu Fogaça Leite, com 52 anos de idade, dedicou 18 anos de sua vida ao trabalho como Educador Social. Atualmente, presta assistência na Casa da Criança e do Adolescente de Valinhos. Sua motivação para seguir essa carreira foi sua irmã, uma mulher muito religiosa que sempre trabalhou com jovens, e Tadeu a acompanhava. Desde a infância, ele sentiu o desejo de fazer o bem a essas pessoas e contribuir para tornar o mundo mais solidário.
Para se tornar um Educador, é preciso saber lidar com situações adversas de maneira empática e respeitosa. “Para ser um educador eficaz, é necessário se identificar com o trabalho, demonstrar empatia, estabelecer diálogo e compreender o atendido. Além disso, é importante respeitar o espaço de cada acolhido e sempre buscar transmitir confiança, a fim de fortalecer o vínculo afetivo e promover a transformação social”, afirmou Tadeu.
Como em todos os ambientes, a profissão apresenta seus desafios. O contexto social e familiar muitas vezes não favorece uma educação de qualidade e não proporciona a estrutura familiar necessária, o que prejudica o desenvolvimento dos educandos. O objetivo do Educador Social é interromper esse ciclo e mudar o destino desses jovens, aliviando o sofrimento dos acolhidos durante sua permanência no abrigo, oferecendo atenção, carinho e, principalmente, criando um espaço para ouvir suas angústias e a dor de estar longe do convívio com suas famílias.
“Para ser um educador eficaz, é necessário se identificar com o trabalho, demonstrar empatia”
É um trabalho que proporciona um grande aprendizado para quem o exerce, pois permite vivenciar diversas situações que normalmente não seriam experimentadas. “Meu primeiro trabalho me marcou profundamente. Realizei uma abordagem nas ruas, onde crianças e adolescentes viviam em casas abandonadas sob um viaduto. O objetivo era construir vínculos para encaminhá-los ao abrigo. Foi um trabalho desafiador que me proporcionou uma grande experiência e ofereceu aos atendidos a oportunidade de sair das ruas, ter acesso à educação e alimentação adequada”, relatou o profissional.
Para o futuro da área, Tadeu espera melhorias. “Espero que futuramente haja uma melhor comunicação entre todas as equipes que atendem a população, tanto interna quanto externa, para que as crianças sejam melhor assistidas. Além de mais momentos de reflexão com a rede de proteção dos atendidos”.
Para aqueles que têm interesse em fazer o bem e não sabem como ajudar, há diversas possibilidades. Os abrigos aceitam voluntários para auxílio no trabalho com os jovens, as divulgações das ações através das redes sociais ou para pessoas próximas, e, acima de tudo, acreditando que o atendido é sujeito de transformação e pode contribuir na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.