

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que terá uma reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (19), às 11h (horário de Brasília), com o objetivo de buscar uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia. A declaração foi feita em sua rede Truth Social, onde Trump afirmou que os temas centrais serão o “fim do banho de sangue” e o comércio bilateral.
“Os assuntos da reunião serão o fim do ‘banho de sangue’ que está matando, em média, mais de 5.000 soldados russos e ucranianos por semana, e o comércio”, escreveu Trump, acrescentando que espera um encontro produtivo e que deseja ser lembrado como “pacificador”.
Sinais de abertura diplomática por parte da Rússia
Horas antes do encontro, o governo russo declarou estar aberto a uma solução diplomática para o conflito, iniciado em 2022.
“É preferível, claro, atingir nossos objetivos por meios políticos e diplomáticos”, afirmou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, à imprensa estatal russa.
Peskov ainda destacou que o governo russo “aprecia muito” as tentativas dos Estados Unidos de encerrar os combates. A sinalização acontece dias após a realização das primeiras negociações diretas entre Rússia e Ucrânia, realizadas em Istambul na sexta-feira (17). Embora sem acordo de cessar-fogo, as delegações concordaram com a troca de mil prisioneiros de guerra.
Anistia Internacional é proibida de atuar na Rússia
Ainda nesta segunda-feira, a Procuradoria-Geral da Rússia classificou a Anistia Internacional como uma “organização indesejável”, proibindo oficialmente sua atuação no território russo. A justificativa apresentada é que a ONG apoia a Ucrânia e promove uma agenda considerada “russofóbica”.
“A sede da Anistia Internacional em Londres é um centro de preparação de planos russofóbicos em escala global, financiados por cúmplices do regime de Kiev”, disse o procurador-geral russo em comunicado oficial.
A medida faz parte de uma série de restrições impostas a organizações internacionais consideradas críticas ao governo de Vladimir Putin. A procuradoria russa também acusou a ONG de “justificar crimes de neonazistas ucranianos” — uma narrativa frequentemente usada pelo Kremlin e rejeitada por países ocidentais e analistas internacionais, que classificam tais alegações como propaganda infundada.