Uma história de fé e devoção a Nossa Senhora Aparecida vivenciada por Maria Márcia Arruda Zulzke

A devoção silenciosa e firme do papai me inspirou a seguir seus passos, afirma Maria Márcia

Em nossa casa, crescemos ouvindo o nome do Espírito Santo em cada canto, pois minha mãe sempre o via como seu advogado e guia, uma fonte inesgotável de sabedoria e esperança. Ela se agarrava a Ele como um porto seguro em momentos de dificuldade. Mas o meu pai, diferente dela, tinha uma devoção especial por outra figura celestial. Ele sempre afirmava com carinho que sua madrinha era Nossa Senhora Aparecida.

Todos os dias, ele rezava o terço, e na sala, uma imponente imagem de mármore branco da santa olhava por nós. Com o tempo, compreendi que o que ele chamava de “madrinha” era, na verdade, uma consagração profunda à Nossa Senhora. Essa devoção silenciosa e firme do papai me inspirou a seguir seus passos. Rezar para Nossa Senhora Aparecida, especialmente o terço, tornou-se parte da minha rotina e, aos poucos, senti o poder e o conforto dessa conexão.

Um dos momentos mais marcantes da minha vida, onde senti verdadeiramente a intercessão de Nossa Senhora, aconteceu quando minha filha Bárbara tinha apenas nove anos. Vivíamos em Salvador, e, de repente, ela desenvolveu uma alergia estranha. Durante uma semana inteira, íamos e voltávamos à pediatra, que, apesar de todos os exames, não conseguia descobrir o que estava acontecendo. O corpo da minha pequena ficava cada vez mais coberto de manchas vermelhas, e os remédios que lhe davam pareciam apenas piorar sua condição.

Lembro-me do momento exato em que a situação se tornou alarmante. Quando a enfermeira tentou fazer um exame de sangue, o braço da Bárbara se encheu de petéquias. A médica, assustada, nos disse que deveríamos levá-la imediatamente ao hospital, pois a clínica já havia esgotado todos os recursos. O hospital ficava a 30 km de distância, e, para piorar, era um sábado com trânsito congestionado. Estávamos praticamente parados.

Foi nesse momento, com minha filha ardendo em febre no banco de trás, que eu me voltei para Nossa Senhora Aparecida. Eu rezei com toda a minha alma, pedindo que ela intercedesse junto a Jesus e abrisse um caminho para que pudéssemos chegar ao hospital a tempo.

E então, o milagre aconteceu. Como em um gesto divino, um corredor de carros se abriu à nossa frente. Conseguimos passar rapidamente pelo congestionamento e chegamos ao hospital. Minha filha foi atendida prontamente, em um estado crítico, prestes a sofrer uma convulsão. O rápido atendimento foi crucial para sua recuperação, e, após 10 dias de internação, Bárbara saiu de lá sem sequelas, mesmo que os médicos nunca tenham descoberto a origem do problema.

Essa experiência não só fortaleceu minha fé, mas também me mostrou que a intercessão de Nossa Senhora é real e poderosa. Hoje, mais do que nunca, sei que Ela está sempre ao nosso lado, nos protegendo e guiando, assim como fez por minha filha naquele dia.

Leia anterior

Decisão da 2ª divisão e demais partidas acontecem neste domingo (13)

Leia a seguir

Padre Marcelo de Oliveira fala sobre Nossa Senhora da Conceição Aparecida