Valinhos registra aumento nos casos de anafilaxia e capacita profissionais da saúde

A Secretaria de Saúde de Valinhos promoveu um treinamento voltado à identificação e ao atendimento de casos de anafilaxia, reação alérgica grave que pode levar à morte. A capacitação reuniu profissionais das unidades básicas de saúde dos bairros Parque Portugal, Macuco, Reforma Agrária, Jardim São Bento do Recreio e do Departamento de Odontologia, e foi conduzida pelo enfermeiro do SAMU Glauco Ceranto.

O treinamento ocorreu em resposta ao aumento no número de casos registrados no município. De janeiro a julho de 2025, foram 1.330 diagnósticos de anafilaxia, sendo 959 em crianças e 317 em adultos. Em 2024, o total foi de 1.017 casos.

“É fundamental que as equipes de atenção primária estejam preparadas para identificar sinais nem sempre evidentes. Rouquidão repentina, falta de ar, náusea, sensação de desmaio e até a percepção de morte iminente são alguns indícios que requerem ação imediata”, explicou Glauco.

Ameaças invisíveis: alimentos, medicamentos e picadas

As causas mais comuns da anafilaxia incluem consumo de alimentos, uso de medicamentos e picadas de insetos e animais peçonhentos. O veterinário Felipe Piato, da Vigilância em Zoonoses, alertou sobre o aumento no número de ocorrências envolvendo animais como escorpiões, aranhas, abelhas e marimbondos.

Entre 2023 e 2025, 24 casos graves foram causados por picadas de abelhas e 2 por marimbondos. Os escorpiões, que se multiplicam nas áreas urbanas devido à ausência de predadores, continuam sendo motivo de atenção especial.

Orientações em casos de emergência

Pessoas que apresentarem sinais de anafilaxia devem ser levadas imediatamente à UPA ou ao hospital. Já em casos de picadas de animais peçonhentos, o ferimento deve ser lavado com água e sabão, e o paciente precisa ser avaliado por uma unidade de emergência. A UPA entra em contato com o Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas, para orientações especializadas.

Crianças e idosos são os mais vulneráveis e, em casos de emergência, o transporte deve ser feito por ambulância com assistência médica.

Para dúvidas, o Departamento de Zoonoses atende pelo telefone/WhatsApp: (19) 3829-1252.

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