Esta semana vivenciaremos a Páscoa ou Domingo da Ressureição, que é uma celebração do calendário religioso cristão em memória à crucificação e à ressurreição de Jesus Cristo, conforme o relato do Novo Testamento.
Essa celebração cristã inspirou-se em uma comemoração judaica chamada Pessach, cuja primeira celebração ocorreu há 3.500 anos, quando, de acordo com a Torá, Deus enviou as dez pragas do Egito sobre o povo egípcio. Antes da décima praga, o profeta Moisés foi instruído a pedir que cada família hebreia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais das portas das suas casas com o sangue do animal, para que não fossem acometidos pela morte de seus primogênitos. Chegada a noite, os hebreus comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pão ázimo e ervas amargas. À meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então o Faraó, temendo a ira divina, aceitou liberar o povo de Israel para adoração no deserto, o que levou ao Êxodo. Como recordação dessa liberação, e do castigo de Deus sobre o Faraó, foi instituído para todas as gerações o sacrifício de Pessach, que significa “passagem”.
Hoje a Páscoa também é lembrada por alguns símbolos. Embora o mais significativo deles seja o cordeiro, exatamente por configurar a aliança entre Deus e os hebreus, como visto, outro símbolo que modernamente tem presença é o coelho da Páscoa, conhecido por trazer os ovos de chocolate para as crianças, numa tradição que já se firmou na nossa cultura, assim como a do Papai Noel trazer os presentes no Natal. Outro símbolo pascal é o ovo de Páscoa. Ao longo da história, o ovo foi enxergado como um dos mais tradicionais símbolos associados com a fertilidade e com o ciclo e a renovação da vida, sendo bastante comum que as pessoas presenteiem umas às outras com esse item. No século 18, confeiteirosfrancesesdecidiram fabricar ovos de chocolate e decorar o seu interior com bombons. O costume fez sucesso e se consolidou durante o período da Páscoa.
Há também histórias que relacionam o ovo com a tumba de Jesus, pois, o ovo, assim como a tumba, aparenta não possuir vida em seu interior; no entanto, uma vida nasce do ovo, assim como Jesus renasceu de sua tumba.
Contudo, não podemos nos esquecer da essência dessa celebração que é revivermos e refletirmos sobre a paixão de Cristo, os sofrimentos que Jesus, centro da fé cristã, teve de sofrer após ser condenado à morte pelas autoridades, que interpretaram sua mensagem religiosa como uma ameaça para seu “status quo” para, após, ressuscitar em toda a sua glória e ascender ao Pai Celestial. Como prega o Pastor Anips Spina, “o Apóstolo Paulo ensina que a pessoa de Jesus Cristo tornou-se servo, se humilhou tornando-se igual ao homem para poder resgatar a humanidade da maldição do pecado. Assim Ele foi para a morte, e morte de cruz. Assim sendo nossa esperança se renova a cada manhã, e como discípulos devemos ser servos, humildes, dependentes do Espírito Santo. Caminhar em direção à eternidade, fará com que a nossa fé apresente um entendimento diário, entendendo os mistérios, revelados pelo amor do Pai”.
Ou como diria o físico e humanista alemão Albert Einstein: “algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé. A Páscoa ou Pessach é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que fé, Páscoa é amor.”
Feliz Páscoa, com amor, no seio da sua família!