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22 anos da morte de Toninho do PT

Enquanto a busca por justiça continua, o exemplo de Toninho do PT continua a inspirar gerações presentes e futuras, lembrando-nos da importância de lutar por um mundo mais igualitário e justo

Campinas e o Brasil relembram com pesar os 22 anos da trágica morte de Antônio da Costa Santos, mais conhecido como Toninho do PT. O ex-prefeito da cidade, cuja vida foi interrompida de forma violenta em 10 de setembro de 2001, continua sendo um símbolo de luta e de busca por justiça. Nossa reportagem faz uma retrospectiva da trajetória de Toninho e explora os esforços incessantes para esclarecer seu assassinato.

Toninho do PT, um líder carismático e dedicado às causas sociais, nasceu em Bauru, São Paulo, em 1950. Ele se mudou para Campinas na década de 1970 e rapidamente se envolveu em movimentos sociais e sindicais. Seu compromisso e paixão pela justiça social o levaram ao Partido dos Trabalhadores (PT), onde ele se destacou como uma figura política influente.

Em 2000, Toninho do PT foi eleito prefeito de Campinas, cargo em que ele deixaria sua marca. Sua gestão foi caracterizada por políticas sociais e programas destinados à melhoria da educação, saúde e habitação na cidade. Sua proximidade com as comunidades carentes o tornou querido por aqueles que mais precisavam de ajuda.

No entanto, em 10 de setembro de 2001, sua promissora carreira política foi interrompida de forma trágica. Toninho do PT foi assassinado a tiros na Avenida Mackenzie, uma importante via de Campinas que liga a Rodovia Dom Pedro ao Shopping Iguatemi. Seu modesto Fiat Palio foi encontrado com marcas de balas próximo a um outdoor. As circunstâncias do crime continuam envoltas em mistério.

Para a família de Toninho, o assassinato teve motivação política, uma teoria baseada na intensa atuação dele em prol das causas sociais. Em novembro do ano passado, o juiz José Henrique Rodrigues Torres confirmou o arquivamento do inquérito que apurava sua morte, reconhecendo a omissão do estado brasileiro e a falta de estrutura policial para investigar o caso. O magistrado apontou que “nenhuma linha de investigação mais robusta foi suscitada” e que as hipóteses “não foram verificadas com profundidade”.

Diante da falta de respostas no processo criminal, a família de Toninho do PT recorreu à Organização dos Estados Americanos (OEA) em busca de punição do estado brasileiro por omissão nas investigações do assassinato. Com o arquivamento em mãos, a defesa espera obter base suficiente para a condenação. A resposta deveria ter sido emitida até dezembro do ano passado, mas até o momento, o pedido está “em análise,” com expectativas de que o processo ganhe tração nos próximos um ou dois anos, segundo o advogado.

Vinte e dois anos após sua morte, a memória de Toninho do PT permanece viva. A cidade de Campinas e o país não esquecem o ex-prefeito que deixou um legado de luta por um Brasil mais justo e igualitário. A sociedade campineira e os familiares do ex-prefeito mantêm a esperança de que um dia a verdade será revelada e os responsáveis pelo seu assassinato serão levados à justiça.

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