Estava eu pensando: podemos ser melhores, aperfeiçoarmos nossas atitudes, nossas ações, nossa postura, frente à vida?
E cheguei a uma conclusão: podemos sim. E, para isso, devemos começar praticando um exercício que consiste em evitar quatro coisas. Coisas que o sábio chinês Confúcio (551- 479 a.C.) diz que devem ser evitadas: a extravagância, o dogmatismo, a teimosia e a presunção.
Ser extravagante é agir de maneira radical, além da razão e do bom senso, chamando a atenção de todos, deixando a educação de lado e dizendo o que se pensa, sem qualquer preocupação com quem vai ser atingido ou com a consequência daí advinda. É como atirar com um canhão em um mosquito. O mosquito, por certo, morrerá, mas todo o entorno também será atingido.
O dogmático segue uma corrente filosófica que se funda nas verdades absolutas. Acredita em algo, por imposição e de forma submissa, sem questionar a sua veracidade. Passa a reger a sua vida em função de dogmas, como se as coisas não mudassem. É aquele que entende que só pode ser feliz se gozar de plena saúde, se tiver um carro do ano, se tiver a melhor casa do bairro, etc. Os dogmas também são reforçados pelos hábitos e rotinas que imprimimos ao nosso dia a dia. É possível enfrentar esse dogmatismo testando outras coisas, buscando outros hábitos e caminhos, evitando ter uma só crença em tudo que fazemos e praticamos.
Ser teimoso é diferente de ser persistente. “Teimoso”, no dicionário significa: “que insiste, que não desiste facilmente; obstinado”. Já, “persistente”, carrega o seguinte significado: “continuidade,constância, pertinácia.” O teimoso é o que se recusa a ceder, o cabeça-dura, o que não admite que está errado. O persistente é o que age com constância para alcançar um objetivo. Ser persistente é saber se adaptar e se permitir evoluir, ao contrário do teimoso. Lembre-se do que Charles Darwin disse: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. Devemos agir com humildade, procurando cultivar a gratidão pelas coisas que temos, evitando contar vantagem das próprias realizações, procurando realmente se importar com os outros, minimizando, dessa forma, essa arraigada teimosia que insiste em aflorar.
E também devemos evitar a presunção. Presunçoso é aquele que se acha belo, perspicaz, com maior inteligência, que se julga melhor que os demais. Independentemente de classe social, posição que se tem, cargos elevados, diplomas, devemos ser simples, lembrando sempre de que não somos melhores do que ninguém. Na Bíblia, a presunção é tirar uma conclusão baseada em indícios, dicas ou aparências, o que leva a uma ideia antecipada, o que precisa ser combatido. Devemos ter presente a lição de Confúcio: “O que o homem superior busca, está em si mesmo. O que o homem inferior busca está nos outros”.
E tenho dito!