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Como a Educação 5.0 pode ser aplicada no ensino infantil

O processo de inserção das novas tecnologias no trabalho pedagógico das escolas, com o intuito de promover uma interação dos recursos tecnológicos com o processo de formação de alunos, pode ser denominado de Educação 5.0. O novo conceito abrange competências socioemocionais e estende-se com o aprendizado colaborativo além da escola, atingindo à comunidade e à sociedade de forma global. Entre as tecnologias, se destacam técnicas financeiras, empreendedorismo e robótica. 

O livro Educação 5.0: Educação Para o Futuro (2020) explica as características dos processos de aprendizagem com metodologias passivas nas duas primeiras eras. Na Educação 1.0, as aulas ocorriam nas igrejas e mosteiros, com formação de eclesiástico. Já na Educação 2.0, o foco era na memorização, e professores ministravam em salas para turmas homogêneas. 

Ainda de acordo com o livro, nas metodologias ativas, a Educação 3.0 trouxe o pensamento crítico e revolucionou a experiência do aluno com aulas presenciais, EaD (Ensino à Distância) e híbrido. Mantendo as mesmas características da era passada, a Educação 4.0 aprimorou o pensamento crítico com foco em problemas complexos.

Para Inauri Fátima de Lima, diretora pedagógica na Escola de Educação Infantil Universo, a Educação 5.0 é uma proposta de ensino que combina os diversos elementos tecnológicos, cada vez mais presentes no dia a dia de crianças e jovens, incluindo as competências socioemocionais. “O desenvolvimento das capacidades humanas e socioemocionais são fundamentais para serem trabalhadas desde os primeiros anos de escola”, explica.

Segundo a diretora pedagógica, o objetivo da Educação 5.0 é criar uma forma de ensino que integre esses elementos novos, sem esquecer que o ser humano vem em primeiro lugar e precisa ter o seu bem-estar e suas capacidades sociais e emocionais trabalhadas de maneira efetiva.

A Educação 5.0 no Ensino Infantil

De acordo com a diretora pedagógica, faz parte da ideia da educação 5.0 o conceito de formação de crianças que se importam com o lado humano e com o bem-estar social, que fazem a sociedade na totalidade evoluir. “Estas novas gerações serão mais ativas em aspectos relevantes da sociedade, como os cuidados com o meio ambiente, a construção de um mundo mais saudável de maneira geral, com os direitos de cada um sendo respeitados”. 

Lima explica que, na Educação Infantil, tem-se um pouco mais de cuidado na inserção da tecnologia de forma demasiada. “Oferecemos todas as demais ferramentas para que os alunos se desenvolvam em habilidades socioemocionais e tenham uma consciência maior sobre o mundo em que vivem”, comenta. 

Se a educação 5.0 for bem estabelecida, Lima diz que essas habilidades servirão para resolução de questões sociais. “Tudo isso somado aos conhecimentos e à proximidade com uma formação bilíngue, robótica, desenvolvimento físico e saúde, contribuindo para a conquista de maior igualdade, cuidados com o meio ambiente, saúde da população e outros detalhes fundamentais que são desenvolvidos desde cedo na Escola Universo”.

A tecnologia de mãos dadas com a educação

O MEC (Ministério da Educação) possui programas que contribuem para a Educação 5.0. Entre eles, o LABCRIE (Laboratório de Criatividade e Inovação para a Educação Básica), para formação teórica e prática de professores da rede pública, com foco na inovação pedagógica e no uso educacional das tecnologias. O PIEC (Programa de Inovação Educação Conectada) tem por objetivo apoiar a universalização do acesso à internet em alta velocidade e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica. 

Para Stefano Parziale, diretor de vendas e marketing pedagógico da Escola de Educação Infantil Universo, o objetivo de uma educação mais completa é desenvolver seres humanos com habilidades suficientes para agirem de forma consciente em um mundo globalizado. “Trazer a robótica para este meio oferece o desenvolvimento de técnicas em trabalho em equipe além do raciocínio lógico”, explica. 

O MEC também possui o Programa Educação Empreendedora, que contempla professores da Educação Básica e da Educação Profissional e Tecnológica. O projeto tem objetivo de trabalhar as competências empreendedoras previstas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Os principais temas são Cultura Empreendedora, Projeto de Vida e Mundo do Trabalho, importantes para a implementação do Novo Ensino Médio. 

As técnicas financeiras e o empreendedorismo vêm com uma bagagem importante onde o cidadão, desde a infância, aprende a administrar objetivos, o próprio dinheiro e também habilidades de como agir em uma sociedade capitalista, comenta Parziale. “Além disso, criam-se alunos mais empáticos, entendendo o lado humano envolvido em todos os aspectos da vida”, completa Lima.

Em especial para os docentes da Educação Básica, que compreende profissionais da Educação Infantil, Fundamental e Ensino Médio, o Ministério da Educação por meio do Programa Educação Financeira da Escola, busca disseminar temas, como  poupança, consumo consciente, orientação a investimentos, proteção contra fraudes financeiras e desenvolvimento de bons hábitos e atitudes financeiras. 

Para a diretora pedagógica, o risco do aumento do uso de máquinas e algoritmos são as pessoas se centrarem muito em números e resultados, deixando de olhar para o indivíduo ao lado. “Com a criação a partir da educação 5.0, esta questão pode ser resolvida de maneira positiva”, completa.

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