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Queda no preço do biodiesel contribui para reduzir preço do diesel

Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a queda de 15,8% no preço do litro de biodiesel, de janeiro a março, contribuiu para reduzir, em média, 8,8% o preço do litro do óleo diesel, o chamado ‘diesel B’, que contém percentual de biodiesel e é vendido nos postos de combustíveis. Outro fator foi a variação negativa do preço do litro do óleo diesel (‘diesel A’) em 12,9%.

Os cálculos dos percentuais foi feito pela equipe da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) do Congresso Nacional e podem ser acessados neste link .

No entanto, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) pressiona para manter em alta o preço internacional do petróleo, o que afeta o do óleo diesel. Em reação, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse em nota que “é prioridade para o governo investir na modernização e na ampliação do nosso parque de refino e fomentar ainda mais a utilização de biocombustíveis. Com isso, vamos diminuir drasticamente a dependência internacional dos derivados de petróleo”.

Segundo a FPBio, esta combinação de fatores pode abrir espaço para o governo avaliar uma eventual antecipação do cronograma de elevação da mistura de biodiesel ao diesel A. Desde 1º de abril, o teor passou de 10% para 12%. Em 2024 irá para 13%; em 2025 para 14%; e em 2026 para 15%.

ANP abordará qualidade do diesel B com parlamentares

Diante disso, o superintendente de Fiscalização da ANP, Francisco Nelson Castro Neves, fará uma palestra às 17h do dia 11/4 para deputados e senadores, no escritório da FPBio, em Brasília – o evento terá transmissão online. Castro Neves falará aos parlamentares sobre “Os procedimentos de fiscalização e controle de qualidade do diesel B”.

“É fundamental envolver o Congresso Nacional nessa discussão. Com as pressões internacionais para manter elevados os preços do petróleo e, consequentemente, do diesel A, faz do biodiesel um ativo ainda mais importância para a segurança energética do Brasil”, diz o presidente da FPBio, deputado Alceu Moreira (MDB-RS).

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