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Fotografar bagagens é ação preventiva e protetiva para viajantes internacionais

As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía permaneceram presas na Alemanha do dia 05 de março até o último dia 11 de abril, pois tiveram as malas trocadas por bagagem com drogas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde embarcaram para uma viagem de férias. Segundo a Polícia Federal, a suspeita é que elas tenham sido vítimas de um esquema de traficantes que trocaram as identificações. Elas ficaram presas em um presídio feminino em Frankfurt – cidade localizada na região central da Alemanha por mais de um mês. A apresentação de provas que as isentassem do golpe sofrido foi primordial para que obtivessem a liberação e fossem inocentadas.

A preparação para uma viagem internacional envolve uma lista interminável de tarefas que precisam ser realizadas para uma viagem segura. A maioria expressiva dos viajantes habituais entram em contato com seu banco para destravar cartões de crédito para uso no exterior, providenciam hospedagem e locação de veículos, compram ingressos ou acessos e contratam um seguro de viagem. Mas existe um procedimento feito por poucos que faz toda a diferença: tirar uma foto de sua bagagem, incluindo as etiquetas, a pesagem e todo o conteúdo visível.

As companhias aéreas lidam cotidianamente com muitos atrasos, cancelamentos e com malas extraviadas. Ter em mãos uma prova irrefutável de seus pertences é algo que irá ajudá-lo a receber uma compensação caso sua bagagem despachada não chegue ao destino ou chegue danificada.

Na maioria dos países, as companhias aéreas seguem regulamentações bastante rigorosas e são obrigadas a compensar os passageiros caso suas malas sejam danificadas, sofram atraso ou sejam perdidas. As companhias aéreas também são obrigadas a compensar os passageiros por despesas decorrentes, que sejam verificáveis e reais referente ao período em que suas malas permaneceram extraviadas ou atrasadas, sujeitas aos limites máximos de responsabilidade.

Essa compensação geralmente é usada pelos viajantes para cobrir o custo de itens necessários durante a viagem, como roupas novas, artigos de higiene ou outros bens essenciais. Se um viajante compra itens enquanto sua bagagem segue atrasada ou extraviada, é importante guardar os recibos para formalizar sua reclamação posteriormente e obter ressarcimento.

Quando a bagagem de um viajante segue perdida, a providência é entrar em contato com a companhia aérea, pois as regras variam. No entanto, a maioria das companhias aéreas considera uma bagagem como perdida entre cinco e quatorze dias após o voo. Para reclamações de bagagem perdida, as companhias aéreas podem exigir recibos ou outras provas de itens valiosos que estavam nas malas perdidas.

Já do ponto de vista criminal, ter produzido registros do real conteúdo transportado, torna-se um documento que não poderá ser contestado, principalmente quando somado a outras comprovações como pesagem e a busca de imagens em câmeras internas.

Ricardo Mendonça, diretor da Next Seguro-Viagem, empresa paulistana especialista na comercialização de apólices de seguro-viagem, diz que a recomendação é para que “os clientes tirem fotos de sua bagagem e dos itens embalados, assim como dos objetos de valor. Devem também tirar uma foto da etiqueta da bagagem, tudo isso antes de ir para o check-in. No check-in, se possível, devem tirar uma foto da pesagem realizada. Esses registros somados podem ajudar a equipe da companhia aérea a rastrear onde suas malas extraviadas podem estar. Além disso, o viajante estará blindado com provas robustas de sua idoneidade caso sofra algum golpe e tenha as etiquetas de suas malas trocadas por criminosos que pretendem enviar ilícitos ao exterior. Aconselhamos sempre muita prudência e a prévia produção de registros que comprovem a isenção.”

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