Colocar prótese de silicone nos seios é um procedimento comum, no entanto é fundamental conhecer os procedimentos do pós-operatório
A decisão de submeter-se a um procedimento de aumento de seios com prótese de silicone, uma prática consolidada nos consultórios de cirurgiões plásticos, demanda não apenas uma escolha consciente, mas também uma compreensão abrangente dos cuidados necessários durante o pós-operatório para otimizar a recuperação e garantir resultados satisfatórios.
Antes mesmo de entrar na sala de cirurgia, é imperativo escolher um profissional altamente qualificado e com competência comprovada. Diante de ofertas milagrosas de preços, a cautela é necessária, e é crucial assegurar que o material do implante seja de qualidade, devidamente certificado pelos órgãos competentes, evitando complicações futuras.
Ao considerar que o aumento de mamas é um procedimento cirúrgico, é essencial compreender e antecipar os desafios do pós-operatório. Nos primeiros 30 dias, movimentos bruscos dos braços devem ser evitados, uma vez que podem impactar diretamente a recuperação do músculo peitoral, responsável pelo suporte das mamas.
O repouso é uma fase crucial, porém, contrariamente, pequenas caminhadas leves ao longo do dia são recomendadas para prevenir complicações como a trombose venosa profunda. Dormir de barriga para cima, apesar de desafiador em termos de conforto, é imprescindível durante os primeiros 60 dias para prevenir deslocamentos da prótese ou possíveis sangramentos.
A retomada de atividades cotidianas, como dirigir, deve ser feita com moderação, sendo aconselhável aguardar pelo menos duas semanas. Atividades físicas mais intensas, por sua vez, só devem ser reintegradas após 60 dias, sempre respeitando a orientação médica.
Para mães de crianças pequenas, a precaução é necessária, evitando levantar a criança do chão por pelo menos 30 dias. O uso contínuo do sutiã pós-cirúrgico, comprovadamente eficaz na redução de riscos de sangramento e proporcionando a necessária sustentação, é imprescindível nos primeiros 30 dias. Após esse período, a transição para um sutiã sem arame, mas com boa sustentação, é recomendada.
A escolha da estação do ano para a cirurgia também é estratégica, sendo o outono-inverno preferível, uma vez que a exposição ao sol é desaconselhada nos primeiros 30 dias. A prática de drenagem linfática, adotada para minimizar inchaços recorrentes no pós-operatório, é uma prática complementar altamente recomendada.
Hidratar a pele das mamas com produtos específicos torna-se uma prática essencial para prevenir o desenvolvimento de estrias, e a escolha do tamanho das próteses também exerce influência nesse aspecto, uma vez que próteses menores são associadas a menor risco de flacidez e estrias.
É imperativo reforçar que a aderência rigorosa às recomendações do médico é o alicerce para uma recuperação eficaz e para a prevenção de complicações. O planejamento meticuloso e a implementação de cuidados pós-cirúrgicos apropriados são elementos-chave para otimizar a jornada de recuperação e alcançar resultados esteticamente satisfatórios.